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Artigo de Opinião

Artigo: Economisto por Fábio Talhari

Francamente, não sei mais o quê faz um jornalista, um economista ou um advogado.

Para começar, não basta escrever corretamente, até porque surgiram “expressões” que NÃO estão na gramática, no léxico ou no vocabulário em Língua Portuguesa. Se são imprescindíveis as isenção e lógica quase matemáticas e equilibradas na análise dos fatos. Se suas funções são mesmo investigar, apurar e RELATAR “ipsis literis” os acontecimentos do mundo, seja em nível local, regional, nacional ou internacional, sem juízo de valor próprio, pessoal. Se cabe a um jornalista tentar convencer o leitor de uma inverdade, ou se cabe a ele tentar manipular a opinião pública, sob uma “justificativa” maquiavélica, que “pretende o melhor”…  Nestes últimos casos, quando o jornalista passa a ser um propagandista, um marketeiro ou um advogado, acho que temos sérios problemas.

Mas o principal problema, o que mais é chocante: os “jornalistes” (a-ha!) de hoje em dia parecem ter a profunda convicção que o público leitor está a serviço das opiniões deles, quando o contrário deveria ser a realidade.

Daí me preocupo com o meu papel, o quê tenho que desempenhar. Não sei se sou jornalisto, advogado ou economisto (ha, ha, ha!), estudo de tudo um tanto e tento manifestar minha visão, ensinando. De uma coisa tenho certeza: professor sou!

No meio dessa Torre de Babel, sob um alarido hipersônico, com as verdades distorcidas e manipuladas a bel prazer de uma parcela da população mundial que, ouso dizer, é minoria, chego a duvidar de minha própria sanidade.

Agora vemos uma autêntica ditadura se instalando, com todos os requisitos e elementos, desde violação de tratados internacionais, constituição, leis e agora, até a mais descarada e ofensiva censura política. Uma corja que age em conluio está fazendo de tudo para se “blindar”, até o ponto em que simplesmente discordar do que dizem vai ser considerado crime.

E é quase inacreditável que tenhamos chegado a este ponto.

Um corrupto criminoso, condenado e com a condenação confirmada 2 vezes, é solto por uma manobra jurídica processual, vergonhosa e tardia. É lançado como candidato e ganha uma eleição MUITO suspeita, estatisticamente impossível. Declara expressamente que está no cargo para se vingar e fala asneiras constantemente, contra a economia brasileira e contra países no estrangeiro. Abusa do Erário, compra móveis caros, roupas de luxo, o escambau. Sem mencionar que aparenta ser subletrado e possivelmente alcoólatra. Em favor desse personagem, a imprensa lixo deste país, o judiciário e o legislativo estão fazendo malabarismos para apoiá-lo.

Os últimos acontecimentos envolvendo o descondenado foram vexatórios. Na China, foi recebido pelo 4º escalão do governo, vice-ministro de relações exteriores. Falou idiotices ofensivas sobre Ucrânia, Israel e outros países. Em Portugal, fingiu não entender português diante de perguntas “difíceis”. Na Espanha, foi recebido por… ninguém!

Agora estamos vendo dados econômicos pipocando e surpreendendo para pior.

Desemprego, que era de 7,9% no fim do Governo anterior, agora está a 8,8% e em trajetória de alta.

Dívida pública líquida saltou para 57,2% do PIB.

Déficit público disparou para R$ 79,5 bilhões.

Ibovespa acumula perdas no ano.

Fluxo cambial negativo.

Recorde de falências e concordatas.

Comércio apanhando muito.

Capitais se mandando daqui.

Só a moeda está sendo preservada, a duras penas, pelo Banco Central, sob calúnias e mentiras ofensivas do descondenado e sua corja.

Daí, o que a “imprensa” sórdida faz? Tenta justificar e endossar esse desgoverno de vinganças, até o ponto em que estamos tendo que pedir desculpas para esses criminosos.

Nem vou comentar a ação do judiciário e do congresso… mesmo tendo formação em Direito. Porque não há mais Direito.

Bom, a gente comenta e escreve sobre o que sabe, o que estuda. Posso adiantar que:

  1. As trajetórias de desemprego e da dívida pública NÃO são animadoras;
  2. Chegará o ponto em que nem todos os juros do mundo irão conter a inflação;
  3. O brasileiro é o “homem cordial”, segundo Sérgio Buarque de Hollanda. Também é o “macunaíma”, segundo Mário de Andrade. Mais modernamente, um economista pouco convencional (Steven Levitt, “Freakonomics”) mediu a quantidade média de idiotas, maus, filhos das putas, sem coração; bondosos, generosos, que carregam o mundo nas costas e a mediocridade que não quer nem saber, nem pensa nem no amanhã, mais ou menos 15%-15%-70%;

Concluo: NINGUÉM vai se mexer enquanto o bode que está se armando não estiver nas salas de todos e cada um dos brasileiros, bem na hora da novela.

Mas quando se mexerem…

Fábio Talhari, para RedeGNI, 28 de abril de 2023.