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Brasil: A censura que o mundo vê

Artigo publicado pela ADF- Alliance Defending Freedom

Em meio à atual crise de censura no Brasil, uma delegação de membros brasileiros do Congresso, bem como jornalistas brasileiros e internacionais, solicitaram ações da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, juntamente com a ADF International, instando o órgão a tomar medidas imediatas em defesa da liberdade de expressão.

A Comissão, que tem o poder de responsabilizar o estado do Brasil por seus atos de censura, concordou com uma reunião entre seus comissários titulares e os jornalistas e membros do Congresso afetados. Entre os presentes estavam os jornalistas Paulo Figueiredo e Michael Shellenberger, sujeitos a investigações criminais secretas por relatar sobre a deriva autoritária dos tribunais brasileiros e seus esforços de censura. Julio Pohl participou como consultor jurídico da América Latina com a ADF International.

O objetivo da reunião foi instar a Comissão a exigir que o Brasil respeite o direito à liberdade de expressão e responda às alegações de que esses indivíduos foram alvo de investigação e restrição de seus direitos, além dos motivos pelos quais o Estado procura defender os esforços de censura que violam suas obrigações de direitos humanos. Os Comissários da IACHR se encontraram com as supostas vítimas e compartilharam que a Comissão leva a sério essas violações de direitos humanos e solicitou aos participantes que apresentassem evidências adicionais das ações de censura do juiz da Suprema Corte do Brasil, Alexandre de Moraes.

“O estado de censura no Brasil é severo e piora, posicionando o país como um dos piores para restrições à fala nas Américas. A intervenção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos é fundamental porque, sem a liberdade de expressão, todos os direitos humanos são comprometidos. Estamos particularmente preocupados que o estado brasileiro esteja visando a expressão cristã, incluindo visões pró-vida e outros discursos baseados na fé”, afirmou Pohl para a ADF International.

Michael Shellenberger, fundador da Public, autor e professor, afirmou: “Estou sendo investigado criminalmente pelas autoridades brasileiras por expor suas tentativas de censurar. O Brasil chegou a um ponto de crise em que um juiz da Suprema Corte único poderia exercer sua autoridade para fechar X no país.

Sob o pretexto de promover a democracia, e apesar da crescente reação de casa e do exterior, as autoridades brasileiras criaram a cultura de censura mais opressiva do hemisfério ocidental. Não é apenas má política e má política, é uma violação flagrante dos direitos humanos básicos para as autoridades proibirem o discurso de seus próprios cidadãos. É inconcebível que os seres humanos sejam censurados e silenciados por outros seres humanos simplesmente porque discordam de seu discurso. À medida que a situação continua a se deteriorar, espero que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos intervenha rapidamente em defesa do direito de todos de falar livremente no Brasil”.

Marcel van Hattem, membro da Câmara dos Deputados do Brasil, disse: “As tentativas do juiz Alexandre de Moraes de censurar e silenciar o povo do Brasil simplesmente não aguentam. Nossa constituição proíbe especificamente toda censura e garante o direito à liberdade de expressão; estes não são apenas direitos constitucionalmente protegidos, mas direitos humanos básicos que devem ser garantidos e preservados para todos os brasileiros. A censura não tem lugar em uma sociedade livre, e imploro a todos os que são capazes de se juntar a mim na oposição veementemente a esses tipos de restrições.”

Censura abrangente no Brasil tem como alvo a expressão cristã

Desde 2019, o Brasil vem passando por censura contínua e violações do devido processo legal. O país agora tem o que provavelmente são as piores restrições à fala nas Américas. A censura generalizada começou em 2019, quando o presidente da Suprema Corte, o juiz Dias Toffoli, concedeu poder a um juiz individual da Suprema Corte, Alexandre de Moraes, para se envolver em uma investigação aberta sobre “notícias falsas, calúnias e ameaças contra ‘a honra e a segurança’ do Tribunal, seus membros e suas famílias”. Usando esses poderes, o juiz de Moraes ordenou que as empresas de mídia social proibissem os usuários por motivos de “desinformação”. Elon Musk chamou a atenção internacional ao declarar que X resistirá às ordens.

A censura estatal tem como alvo, entre outras, uma expressão enraizada em uma visão de mundo cristã. Exemplos de discursos que levaram à supressão de conteúdo ou proibições de usuários incluem: anúncios políticos mostrando o presidente Lula da Silva expressando apoio à expansão do acesso ao aborto, postagens alegando que o governo de Lula traria censura imposta contra os cristãos no Brasil, além de postagens mostrando o presidente promovendo livros sexualmente explícitos como parte de uma iniciativa de “educação sexual” nas escolas.

Os afetados pelos esforços de censura do estado incluem empresários, jornalistas internacionais, meios de comunicação e membros do Congresso Brasileiro.

Os recursos judiciais no Brasil são limitados ou inexistentes. Como as ordens vêm de um juiz da Suprema Corte, é improvável que sejam derrubadas em nível nacional, demonstrando a importância da intervenção da Comissão Interamericana de Direitos Humanos.

Em A edição atraiu a atenção dos EUA. Câmara dos Representantes, que, em 7 de maio de 2024, realizou uma audiência intitulada “Brasil: Uma Crise de Democracia, Liberdade e Estado de Direito?” Sob o Subcomitê de Saúde Global, Direitos Humanos Globais e Organizações Internacionais. Na audiência, presidida pelo Representante Chris Smith (R-NJ), “evidências generalizadas de censura política e perseguição no Brasil” foram apresentadas. Smith enviou um pedido à Comissão Interamericana de Direitos Humanos para obter informações sobre o status dos direitos humanos no Brasil e pedindo intervenção, citando “graves alegações de violações de direitos humanos cometidas por autoridades brasileiras em grande escala. Mais notavelmente, alegações credíveis foram feitas de violações em massa da liberdade de expressão, incluindo a censura imposta por meio de abusos de autoridade judicial e o focinho da mídia da oposição”.

Como afirmado por Pohl: “O que está acontecendo no Brasil é um exemplo particularmente gritante de uma tendência para o aumento da censura estatal em todo o mundo. Esperamos que a Comissão exerça sua autoridade de direitos humanos para responsabilizar o Brasil pela repressão à expressão livre e pacífica com efeito desestabilizador em toda a sociedade brasileira”.