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Guerra ao Terror

Por rejeição na Argentina e no Uruguai, Roger Waters seguirá hospedado em São Paulo

Uma queixa de “anti-semitismo” foi apresentada nesta quarta-feira contra Roger Waters na Argentina, enquanto o ex-vocalista do Pink Floyd, em turnê, acusava “o lobby israelense” de proibi-lo de entrar em hotéis na América do Sul.

Waters, um cantor que representa a extrema-esquerda, que acabou de realizar vários shows no Brasil como parte de sua turnê “This Is Not a Drill”, se apresentaria em Montevidéu nesta sexta-feira (17) e em Buenos Aires na próxima terça (21) e quarta-feira (22).

Mas o artista, um conhecido crítico do governo israelense, disse ao jornal argentino Pagina 12 que não tem escolha, senão ficar em São Paulo, onde se apresentou recentemente.

De alguma forma, esses idiotas do lobby israelense conseguiram cooptar todos os hotéis em Buenos Aires e Montevidéu e organizaram esse boicote extraordinário baseado em mentiras maliciosas sobre mim“, disse ele, segundo o Página 12, em um artigo publicado em espanhol.

Waters acrescentou: “Não tive um único pensamento anti-semita em toda a minha vida”, e insistiu que a sua crítica foi às ações do governo israelense.

A Verdade dos fatos

Roger Waters é um famoso artista de extrema-esquerda, que faz apologia ao Hamas e já deixou claro, em diversas entrevistas, que é a favor do fim do Estado de Israel.

No dia 08 de novembro, em entrevista, Roger chegou a duvidar do ataque da Organização Terrorista Hamas, contra o Estado soberano de Israel:

Roger Waters diz que o ataque do Hamas a Israel foi “levado demasiado a sério” e insinua que terá sido “uma operação de falsa bandeira”

Após mais uma declaração polémica de Roger Waters, que põe em dúvida a autoria dos ataques atribuídos ao Hamas, uma famosa Organização contra o antissemitismo reagiu:

“Que surpresa: o Roger Waters duvida de um massacre contra judeus”

No entanto, o advogado Carlos Broitman disse à AFP que apresentou uma queixa contra Waters em um tribunal federal, considerando que a sua visita foi uma oportunidade para o artista “espalhar a sua mensagem de ódio e incitar ou agravar o anti-semitismo”.

Argentina tem a maior população judaica da América Latina, com cerca de 250 mil indivíduos.

No vizinho Uruguai, os presidentes do Comitê Central Israelita, Roby Schindler, e da ONG judaica B’Nai B’Rith, Franklin Rosenfeld, acusaram Rogers de ser um “propagador” do ódio judaico, em cartas endereçadas ao Sofitel e divulgadas em mídia social. Schindler chamou Waters de “misógino, xenófobo e anti-semita”, enquanto Rosenfeld ameaçou uma campanha anti-Sofitel se o hotel hospedasse o “artista anti-semita”.

Procurados pela AFP, os hotéis de Montevidéu não quiseram comentar as alegações de Waters de que estava sendo excluído.

Léo Vilhena
@LeoVilhenaReal
Editor-Chefe da REDE GNI

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