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Como é surfar as ondas gigantes de Nazaré?

Da sua varanda, sobre as roupas de surfe penduradas para secar, o surfista inglês Andrew Cotton pode ver tudo: a faixa de areia, a névoa causada pela maresia, o pico de um rochedo e um farol vermelho.

Mas o mais importante é que Cotton pode observar as ondas de Nazaré, em Portugal.

Elas estão relativamente pequenas hoje, mas ainda é possível ver a espuma branca borbulhando e ouvir o barulho da água batendo na areia e voltando para o mar.

E, quando as ondas estão altas para a prática do surfe, a história é outra.

Nas praias de Nazaré — uma pequena cidade com cerca de 15 mil habitantes, a 97 km ao norte de Lisboa —, quebram ondas gigantescas, algumas com a altura de edifícios de 10 andares.

Para gerações de pescadores locais, estas condições sempre foram sinônimo de perigo e morte. Mas, para Cotton, elas são seu trabalho e um estilo de vida.

“É meio estranho, mas transformei aquilo em um trabalho e, quando as ondas estão altas, você vai até lá”, ele conta.

“Você fica por lá o dia todo e faz o que precisa fazer.”

Nesses dias, Cotton nem precisa olhar. Quando a onda maior e mais lucrativa do mundo chega, ele sabe assim que acorda, antes de abrir olhos.

“Morando aqui, sei o tamanho das ondas pelo quanto as janelas estão trepidando”, afirma.

“Pode ser realmente único, sabe? O oceano pode ser assustador quando não há ondas. E aqui quando elas são grandes… pode ser aterrorizante.”

BBC/G1/GNI