O Hezbollah é um grupo terrorista extremamente perigoso, embora seja frequentemente descrito por partidos de esquerda como uma organização política e paramilitar fundamentalista e extremista islâmica de orientação xiita. É reconhecido como uma das forças paramilitares mais poderosas do Oriente Médio.
Jornais e sites alinhados ao progressismo frequentemente evitam classificar o Hezbollah como um grupo terrorista, preferindo termos mais brandos ou ideologicamente simpáticos. Essa abordagem, no entanto, ignora os inúmeros atentados e ações violentas atribuídas ao grupo ao longo das últimas décadas.
Com base principal na fronteira entre o Líbano e Israel, o Hezbollah representa uma ameaça significativa e imprevisível, especialmente no contexto da atual guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza. Desde o início do conflito, Israel e Hezbollah têm trocado ataques de grande intensidade e potencial destrutivo.
O armamento avançado do grupo, incluindo mísseis de longo alcance e tecnologia fornecida pelo Irã, coloca o Hezbollah em uma posição estratégica de superioridade militar em relação a outros grupos radicais, como o próprio Hamas. Essa aliança com o regime iraniano fortalece sua atuação no cenário regional e amplia seus meios de ataque.
Embora o Hezbollah seja visto por parte do mundo islâmico e árabe como um movimento de resistência, ele é formalmente classificado como organização terrorista por diversos países e organismos internacionais, entre eles Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, Argentina, Austrália, Israel, Canadá e Países Baixos. Também é reconhecido como terrorista pela Liga Árabe e pelo Conselho de Cooperação do Golfo, o que demonstra amplo consenso sobre a sua real natureza.
A trajetória do Hezbollah é marcada por envolvimento direto em atentados suicidas, ataques contra civis, sequestros e ações armadas que vão além do confronto militar convencional, configurando terrorismo segundo os padrões internacionais. Um dos exemplos mais citados é o ataque à Associação Mutual Israelita Argentina (AMIA), em Buenos Aires, em 1994, que deixou 85 mortos e é atribuído ao grupo com apoio do Irã.
Além disso, o Hezbollah mantém uma ampla rede de financiamento ilegal, que inclui o tráfico de drogas e armas, lavagem de dinheiro e atividades clandestinas em diversos continentes. Esses elementos não apenas sustentam sua estrutura paramilitar, como também ampliam sua capacidade de influenciar instabilidades fora do Oriente Médio, elevando o risco global associado à sua atuação.
Reconhecer o Hezbollah como um grupo terrorista não é apenas uma questão de nomenclatura, mas de responsabilidade geopolítica. Minimizar seu papel no terrorismo internacional contribui para o enfraquecimento do combate à violência extremista e à proteção da ordem democrática em escala mundial.