O Fracasso dos BRICS revela o desprezo por sua presidência

Fracasso mundial ou vergonha internacional? No atual cenário geopolítico, o fracasso dos BRICS que acontece no Brasil é um tema que exige análise aprofundada e, sobretudo, honestidade intelectual. A promessa de um bloco de potências emergentes capaz de redefinir a ordem mundial se chocou com a dura realidade, especialmente em solo brasileiro. O que era para ser um pilar de desenvolvimento e influência, transformou-se em um fardo de oportunidades perdidas e expectativas frustradas.

Desde sua concepção, o BRICS – composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – foi vendido como um contraponto à hegemonia ocidental, um novo motor de crescimento global. No Brasil, essa narrativa ecoou com particular força, prometendo um atalho para a projeção internacional e o fortalecimento de nossa economia. A realidade, contudo, é que os encontros de cúpula, as declarações conjuntas e os mecanismos de financiamento, como o Novo Banco de Desenvolvimento (NBD), não se traduziram em benefícios tangíveis e sustentáveis para a população brasileira.

Diversos fatores contribuíram para esse cenário desanimador. Internamente, a instabilidade política e econômica crônica do Brasil minou nossa capacidade de atuação no bloco. A alternância de governos com visões estratégicas distintas, a corrupção sistêmica e a falta de reformas estruturais impediram o país de aproveitar plenamente as poucas janelas de oportunidade que o BRICS poderia oferecer. Não podemos ignorar, também, a divergência de interesses entre os próprios membros. Enquanto alguns países, como a China, demonstraram uma visão clara e pragmática de seus objetivos no bloco, o Brasil oscilou entre idealismo e pragmatismo, sem uma estratégia consistente.

A dependência da China se aprofundou, com o Brasil se consolidando como exportador de commodities e importador de produtos industrializados, em uma relação que muitos criticam por ser assimétrica e desfavorável à nossa industrialização.


As ausências de potências mundiais, que se recusaram a vir, mostrou a inoperante e fracassada liderança do chefe do executivo brasileiro, atual presidente e ‘articulador’ dos BRICS.


O custo desse fracasso é alto. Ao invés de diversificar parcerias e fortalecer nossa posição no comércio global, o Brasil dedicou energia e recursos a um bloco que, para nós, gerou mais desilusão do que resultados. Perdemos a chance de focar em acordos bilaterais mais vantajosos e de consolidar nossa liderança regional na América do Sul, priorizando uma agenda global que não se alinhava com nossas reais necessidades e capacidades.

É imperativo que o Brasil faça uma reavaliação crítica de sua participação no BRICS. Não se trata de abandonar o diálogo ou a cooperação internacional, mas sim de priorizar nossos próprios interesses. Precisamos de uma política externa pragmática, que foque em acordos que gerem empregos, promovam a inovação e fortaleçam nossa soberania. É tempo de reconhecer que a retórica grandiosa do BRICS, no contexto brasileiro, se revelou uma miragem. O futuro exige menos ideologia e mais resultados concretos para o povo brasileiro.

Qual sua opinião sobre essa análise? Você acredita que o Brasil deveria reavaliar sua participação no BRICS?

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    O AUTOR | Fundador da Rede GNI, atuou como jornalista e repórter por 25 anos, com passagens pelas redações do Jornal Unidade CristãRevista MagazineRede CBCRede Brasil e Rede CBN/MS. Autor de diversos livros — impressos e e-books — recebeu o Prêmio de Jornalista Independente em 2017, concedido pela União Brasileira de Profissionais de Imprensa, pela reportagem “Samu – Uma Família de Socorristas”. Também foi agraciado com três Moções de Aplausos, concedidas pelas Câmaras Municipais de Porto Murtinho, Curitiba e Campo Grande.

    Foi o primeiro fotojornalista a chegar à Rodoferroviária de Curitiba, na madrugada de 5 de novembro de 2008, quando o corpo da menina Raquel Genofre foi encontrado abandonado sob a escada, dentro de uma mala.

    Em 2018, cobriu o Congresso Nacional.

    É formado em Teologia (Bacharelado, Mestrado e Doutorado), Psicologia (Bacharelado) e Comunicação Social com habilitação em Jornalismo. Realizou diversos cursos na área de Jornalismo, com destaque para o P-MBA em Inteligência Artificial para Negócios, pela Faculdade Saint Paul. Tem conhecimentos em Programação e Design, com domínio de WordPress, HTML e JavaScript.

    Aos 54 anos, é pai de sete filhos e avô de três netas. Atualmente, além de Editor-Chefe da Rede GNI, mantém a coluna Ponto de Vista, com artigos de opinião.


    NOTA | Para que fique bem claro: Utilizo a Inteligência Artificial em todos os meus textos, APENAS, para corrigir eventuais erros de gramática, ortografia e pontuações.

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