Com a vitória de Trump, bitcoin bate recorde e dólar sobe com força nos EUA
O efeito Donald Trump, rapidamente, deixou sua marca nos mercados financeiros, à medida que sua marcha rumo à vitória nas eleições presidenciais dos EUA impulsionou operações conhecidas como “Trump Trade” – investimentos que apostavam no retorno do ex-presidente americano à Casa Branca.
O dólar registrou durante as primeiras horas da manhã desta quarta-feira seu maior valor frente a uma cesta de moedas desde 2020.
A promessa do republicano de elevar tarifas comerciais contra todos os países do mundo traz “o temor de uma alta na inflação nos EUA” – com importados mais caros, o preço dos produtos em geral tendem a subir, por outro lado, a tendência real é de a economia dos EUA ficar fortalecida e o Dólar uma moeda estável.
Isso forçaria o banco central americano a elevar juros, levando investidores a aplicarem em dólar para ter ganhos financeiros, o que fortalece a moeda dos EUA. Trump já afirmou que vai aumentar tarifas entre 10% e 20% sobre praticamente todas as importações dos EUA, incluindo as que vêm de países aliados, e em pelo menos 60% sobre as da China.
O bitcoin também bateu recorde e, pela primeira vez, foi negociado acima de US$ 75 mil. Trump já prometeu uma desregulamentação total do mercado de criptoativos.
Na Bolsa de Valores, as ações negociadas nas operações de pré mercado apontavam para uma valorização de 2,2% no índice S&P, um dos principais de referência nos EUA. A perspectiva de que Trump vá cortar impostos sobre os lucros corporativos impulsiona as ações.
Os mercados da Ásia e da Europa também reagiram à vitória de Donald Trump. Na China, o índice CSI300 caiu 0,5% e a Bolsa de Valores de Hong Kong, mais sensível às reações de investidores estrangeiros, recuou 2,3%.
Na Europa, as principais Bolsas de Valores operam em alta, diante da leitura dos analistas de que o desfecho das eleições americanas foi mais rápido do que o previsto, reduzindo incertezas de curto prazo. A Bolsa de Londres subia 1,38%, a de Frankfurt, 1,13% e a de Paris, 1,73%, pouco antes das 8h.
Léo Vilhena
Rede GNI