Alguns apenas oferecem serviços. Outros resolvem o problema de verdade
Por que existem diferenças tão grandes nos preços dos serviços?
Últimas atualizações em 30/12/2025 – 14:22 Por Redação GNI
Não suporto ouvir a frase “você é muito caro”.
Quando levei anos e uma verdadeira fortuna para me formar, onde você estava? Eu estava estudando, errando, aprendendo, investindo tempo e dinheiro para adquirir conhecimento e experiência. Tudo isso para hoje poder oferecer o melhor que existe em TI, websites e portais de notícias.
Muitos entregam apenas um site. Eu entrego um website de verdade. Dinâmico, responsivo, que não engasga, quase impossível de ser hackeado, veloz, robusto e estável. Um projeto pensado para funcionar bem em qualquer dispositivo, preparado para crescer, configurado corretamente para redes sociais e mecanismos de busca.
Mais do que isso, entrego tranquilidade. Um sistema que não vai te gerar dor de cabeça, não vai cair nos piores momentos, não vai expor seus dados nem comprometer a imagem do seu negócio. Isso não nasce do improviso nem de soluções baratas. Nasce de experiência, planejamento e responsabilidade profissional.
Preço não é apenas número. É reflexo de conhecimento acumulado, de decisões técnicas corretas e da segurança de saber que tudo foi feito do jeito certo. Quem entende isso, não pergunta se é caro. Pergunta se vale a pena. E vale.
Vivemos a era da tecnologia como espinha dorsal de praticamente tudo. Empresas, governos, meios de comunicação, comércio e até a vida pessoal dependem de sistemas, redes, dados e segurança digital. Ainda assim, muita gente insiste em tratar o profissional de TI como um custo, e não como um investimento. Esse é um erro clássico, recorrente e caro.
Todo profissional de TI entrega um serviço. Mas nem todo profissional entrega o mesmo nível de qualidade, segurança, previsibilidade e tranquilidade. Aqui cabe um paralelo simples, direto e fácil de entender. Um Fusca e uma Ferrari são carros. Ambos ligam, andam e levam você do ponto A ao ponto B. O destino é o mesmo. A diferença está no caminho.
O Fusca cumpre seu papel. É simples, robusto, barato e funcional. Resolve necessidades básicas. Já a Ferrari entrega desempenho, tecnologia de ponta, conforto, precisão, confiabilidade extrema e uma experiência completamente diferente. O tempo de resposta, a estabilidade, a segurança e o nível de risco são outros. E isso, obviamente, tem preço.
Com TI acontece exatamente a mesma coisa. Um profissional iniciante ou pouco experiente pode até entregar um sistema funcionando. Pode subir um site, instalar um servidor ou configurar uma rede. Mas o profissional experiente enxerga o que não está visível. Ele antecipa falhas, evita brechas de segurança, planeja crescimento, pensa em escalabilidade, faz escolhas técnicas que economizam dinheiro no médio e longo prazo e, principalmente, protege o negócio de dores de cabeça futuras.
A vasta experiência não se compra em curso rápido, vídeo na internet ou certificado pendurado na parede. Ela vem de anos resolvendo problemas reais, lidando com crises, apagando incêndios e aprendendo com erros que hoje já não são mais cometidos. É essa bagagem que faz o profissional tomar decisões certas quando tudo parece estar dando errado.
Quando alguém questiona o valor cobrado por um bom profissional de TI, geralmente esquece de perguntar quanto custa um sistema fora do ar, um site hackeado, dados vazados ou uma operação parada por horas ou dias. Nessas horas, o barato costuma sair absurdamente caro.
No fim das contas, a escolha é do cliente. Dá para ir de Fusca ou de Ferrari. Ambos chegam. Mas um chega rangendo, com riscos pelo caminho e chances reais de quebrar. O outro chega com desempenho, segurança e confiança. Em tecnologia, como na vida, não se paga apenas pelo destino. Paga se pela forma como se chega até ele.
Lembram da analogia do parafuso?
Existe uma história antiga no mundo da técnica que explica melhor do que qualquer planilha de orçamento o valor da experiência. É conhecida como a história de qual parafuso apertar.
Uma grande máquina parou de funcionar. Era cara, complexa e essencial para a operação da empresa. Vieram técnicos, engenheiros, especialistas. Todos olharam, mediram, testaram, trocaram peças e nada. A máquina continuava parada, gerando prejuízo a cada minuto.
Desesperada, a empresa chamou um velho profissional, conhecido por resolver problemas que ninguém mais conseguia. Ele chegou com calma, observou a máquina em silêncio, ouviu o barulho, analisou o funcionamento por alguns minutos. Sem pressa.
Depois disso, pediu uma chave, apertou um único parafuso e disse: pode ligar.
A máquina voltou a funcionar perfeitamente.
Dias depois, chegou a nota. Valor alto para quem apertou apenas um parafuso. O cliente reclamou, indignado. Como assim cobrar tudo isso por algo tão simples?
A resposta veio clara e direta.
Apertar o parafuso custou quase nada. O valor está em saber qual parafuso apertar.
Essa história atravessa gerações porque se repete todos os dias, especialmente na tecnologia. O problema raramente está em fazer algo. O verdadeiro valor está em saber exatamente o que fazer, onde mexer e, principalmente, onde não mexer.
Experiência não é o tempo gasto girando a chave. É o conhecimento acumulado que evita erros, prejuízos e retrabalho. Quem paga por isso não está comprando um aperto de parafuso. Está comprando anos de estudo, falhas superadas, decisões acertadas e a tranquilidade de ver tudo voltar a funcionar quando mais precisa.
O BARATO QUE SAIU MUITO CARO
Certa vez, uma pessoa pediu um orçamento comigo. Queria um projeto robusto, cheio de páginas interligadas, algo no estilo de um grande portal, funcional de verdade.
Cobrei R$ 12.000,00.
A pessoa ficou revoltada. Achou caro e disse que havia encontrado outro profissional que faria tudo por R$ 4.000,00, parcelado em quatro vezes.
Nem me dei ao trabalho de responder.
Quatro meses depois, me procurou novamente. Queria um novo orçamento para corrigir a grande besteira que o tal profissional havia feito.
Analisei o projeto e confesso que dei risada. Aquilo não serviria nem como trabalho de escola, muito menos como um site profissional.
Cobrei R$ 15.000,00.
Corrigir erros dos outros é muito mais complicado do que fazer do zero. Atualmente, não corrijo erros de terceiros.
No fim das contas, o barato saiu caro. E isso acontece mais vezes do que muitos gostam de admitir.
Léo Vilhena


