China expande capacidade de produção de ogivas nucleares

Últimas atualizações em 28/12/2025 – 14:36 Por Gazeta do Povo | Feed


Imagens de satélite captadas e analisadas pelas organizações sem fins lucrativos Open Nuclear Network(ONN) e Verification Research, Training and Information Centre (Vertic) sugerem que a China está secretamente expandindo sua capacidade para produzir mais ogivas nucleares do que qualquer outro país no mundo.

A descoberta foi compartilhada e publicada neste domingo (28) pelo The Washington Post. Segundo o jornal, a China está reformulando rapidamente uma rede de instalações usadas para fabricar componentes de ogivas com capacidade nuclear.

Renny Babiarz, que participou dessa análise, afirmou que “os níveis de mudanças que estamos observando desde 2019 até hoje são provavelmente mais extensos do que qualquer coisa que já tenhamos visto” na história.

Apesar de Pequim estar longe de igualar seu arsenal com o dos Estados Unidos, estimado em 3.700 ogivas nucleares, a rápida expansão do programa de armas nucleares do país asiático sugere que o Exército chinês está se preparando para uma “corrida armamentista total” com as outras potências mundiais.

Recentemente, o presidente Donald Trump afirmou que, em poucos anos, a China poderá alcançar a mesma capacidade dos Estados Unidos.

As imagens de satélite compartilhadas com o Post revelam que Pequim acelerou drasticamente a atividade em locais-chave envolvidos na produção de ogivas nucleares, expansão esta que não era observada desde 2021.

Segundo analistas consultados pelo jornal americano, a aceleração dos investimentos militares incluem grandes melhorias em instalações que se acredita projetarem e fabricarem núcleos de plutônio, componentes essenciais para a produção de ogivas, bem como em fábricas que produzem explosivos de alta potência usados ​​para desencadear reações nucleares.

Os pesquisadores das organizações avaliam ainda, por meio da análise de livros didáticos militares chineses, publicações internas e artigos de acadêmicos ligados às forças armadas, que as brigadas nucleares estão sob alerta elevado e podem estar adotando uma postura de lançamento sob aviso, o que significa que a China estaria preparada para retaliar assim que um ataque com mísseis fosse detectado.

A produção de componentes nucleares estão espalhados por todo o território, segundo o Post. Paralelamente a isso, o Exército chinês expandiu os locais de teste e campos de silos de mísseis desde aproximadamente 2020.

Por enquanto, a única instalação publicamente identificada ligada à produção de núcleos de plutônio na China é a de Pingtong, localizada em uma área montanhosa da província de Sichuan.

Em novembro, o jornal britânico Telegraph já havia revelado a expansão das atividades militares secretas da China no Deserto de Gobi, onde está localizada uma extensa instalação que chega a ser comparada à Área 51, uma instalação ultrassecreta dos Estados Unidos localizada no deserto de Nevada.

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