Trump pode perder o respeito internacional se recuar de suas próprias decisões

Até agora a Casa Branca não se pronunciou sobre os boatos envolvendo o fim das sanções contra Moraes

Últimas atualizações em 04/12/2025 – 18:54 Por Redação GNI

Quem me conhece e lê os meus textos há muito tempo, desde 2010, já sabe, logo de saída, que não fico em cima do muro e não uso indiretas. Digo isso para deixar clara a minha frustração, indignação, tristeza profunda e quase depressão diante da possibilidade de que o governo dos Estados Unidos esteja avaliando retirar as sanções Magnitsky contra Alexandre de Moraes.

Pensem no estado de abatimento absoluto de um homem que beira a depressão.

Seria o último suspiro e a tampa do caixão, porque o supremacista sairia ainda mais fortalecido e vingativo do que jamais foi.

Duvida?

Vamos às considerações necessárias neste momento.

O que temos de concreto nessa tragédia? Que um dos irmãos Batistas, os famosos Metralhas, encontrou Donald Trump na Casa Branca e, com anuência do atual chefe do Executivo brasileiro, seguiu para um encontro com o ditador Nicolás Maduro na Venezuela para negociar sua rendição, negociação rejeitada pelo próprio ditador.

Essa aberração deveria ter força suficiente para instaurar um processo de impeachment contra todos os poderes constituídos no Brasil. Afinal, Joesley Metralha é funcionário do Itamaraty? Ele pode falar, negociar e representar o Brasil com o histórico (capivara) que carrega nas costas?

O que me traz algum resquício de esperança é que o boato ainda não tem confirmação. Segundo dizem, as sanções Magnitsky estariam sendo negociadas para serem anuladas contra Moraes. Esse rumor teria partido de fontes democratas, próximas da Casa Branca, reforçado pelo atual chefe do Executivo brasileiro e pelo irmão Metralha, ou seja, fontes tão confiáveis quanto uma nota de três reais. Todos mentirosos contumazes.


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Porém, sendo reais essas negociações e o eventual fim das sanções Magnitsky contra Moraes, isso seria um tiro no pé de Donald John Trump. Ele recuaria das próprias determinações, perderia credibilidade, respeito e autoridade perante democratas, republicanos e a comunidade internacional. Ficaria evidente que suas decisões não valem nada e que podem ser revistas conforme conveniências obscuras.

Seria o fim da aura de força e firmeza de Donald Trump.

Se essa manobra realmente existir, abre se uma fenda perigosa no coração da confiança internacional.

Um líder que cede ao oportunismo destrói a própria imagem e fere quem acreditou na sua integridade. A sensação é de que o mundo desaba mais uma vez sobre quem ainda insiste em defender a justiça e a verdade.

A possível retirada das sanções seria interpretada como rendição moral, uma capitulação vergonhosa diante do poder de um homem que já mostrou não ter limites.

Seria a vitória ruidosa da arbitrariedade sobre qualquer esperança de equilíbrio institucional. E isso, sinceramente, seria devastador.

Repito. Até agora não há posição clara da Casa Branca sobre esses boatos. O que temos são referências de mentirosos. Mas se for verdade…

Léo Vilhena

Léo Vilhena | Editor-Chefe da Rede GNI

Sobre o autor

Léo Vilhena é fundador da Rede GNI e atua há mais de 25 anos como jornalista e repórter, com passagens por veículos como Jornal Unidade Cristã, Revista Magazine, Rede CBC, Rede Brasil e Rede CBN/MS. Recebeu o Prêmio de Jornalista Independente, em 2017, pela reportagem “Samu – Uma Família de Socorristas”, concedido pela União Brasileira de Profissionais de Imprensa. Também foi homenageado com Moções de Aplausos pelas Câmaras Municipais de Porto Murtinho, Curitiba e Campo Grande.

Foi o primeiro fotojornalista a registrar, na madrugada de 5 de novembro de 2008, a descoberta do corpo da menina Raquel Genofre, encontrado na Rodoferroviária de Curitiba — um caso que marcou a crônica policial brasileira.

Em 2018, cobriu o Congresso Nacional.

Pai de sete filhos e avô de três netas, aos 54 anos continua atuando como Editor-Chefe da Rede GNI e colunista do Direto ao Ponto, onde assina artigos de opinião com olhar crítico, humano e comprometido com a verdade.


"Os comentários constituem reflexões analíticas, sem objetivo de questionar as instituições democráticas. Fundamentam-se no direito à liberdade de expressão, assegurado pela Constituição Federal. A liberdade de expressão é um direito fundamental garantido pela Constituição Federal brasileira, em seu artigo 5º, inciso IV, que afirma que "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato"


NOTA | Para ficar bem claro: utilizo a Inteligência Artificial em todos os meus textos apenas para corrigir eventuais erros de gramática, ortografia e pontuação.

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