Últimas atualizações em 04/12/2025 – 09:04 Por Redação GNI

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta terça-feira (2) que os ataques terrestres contra alvos ligados ao narcotráfico na América Latina terão início “muito em breve”. A declaração representa mais uma ameaça de ação militar direta na região do Caribe, num momento em que as tensões com o governo venezuelano de Nicolás Maduro continuam a crescer.

“Eu quero que esses barcos sejam eliminados, e se preciso, vamos fazer ataques terrestres assim como fizemos no mar. (…) Essas pessoas mataram mais de 200 mil pessoas [nos EUA] no ano passado, e esses números estão baixando. Estão baixando porque estamos fazendo os bombardeios [a barcos], e vamos começar a fazer esses ataques por terra também. Por terra é muito mais fácil, sabia? Sabemos as rotas que eles tomam, onde vivem, sabemos tudo sobre eles, e vamos começar isso muito em breve também”, afirmou Trump.

Durante uma reunião de gabinete, Trump afirmou que qualquer país envolvido no envio de drogas para território norte-americano poderá ser alvo de ofensivas militares. Embora não tenha citado a Venezuela de forma explícita, o presidente fez o comentário em resposta a uma pergunta sobre ataques a embarcações no Caribe e no Oceano Pacífico, acusadas por Washington de transportar entorpecentes rumo aos Estados Unidos.

Na tarde seguinte, quarta-feira (3), Trump voltou a reforçar o aviso, repetindo que os bombardeios a rotas terrestres utilizadas por traficantes ocorreriam “muito em breve”. O presidente acrescentou ainda: “nós sabemos tudo sobre eles — todas as casas onde vivem”.

Desde setembro, operações militares contra embarcações suspeitas resultaram na morte de mais de 80 pessoas. A maioria dessas embarcações, segundo as autoridades americanas, partiu da Venezuela, que se tornou o principal alvo da intensificação das ações de Trump na região caribenha.

De acordo com o The Wall Street Journal, o governo norte-americano já avalia a possibilidade de bombardear alvos militares dentro do território venezuelano. O jornal afirma que as áreas sob análise incluem portos e aeroportos controlados pelas forças armadas do país, apontadas pelo governo dos EUA como pontos estratégicos para o tráfico de drogas.

Léo Vilhena