Almirante diz que secretário não ordenou “matar todos”
Últimas atualizações em 04/12/2025 – 16:15 Por Redação GNI
O comandante de uma operação dos Estados Unidos na qual uma embarcação supostamente ligada ao narcotráfico foi bombardeada no Mar do Caribe em 2 de setembro negou nesta quinta-feira (4) que o secretário de Guerra, Pete Hegseth, tenha dado uma ordem para “matar todos”.
O almirante Frank “Mitch” Bradley participou de uma reunião a portas fechadas com parlamentares americanos, e na saída do encontro, o senador republicano Tom Cotton, presidente do Comitê de Inteligência do Senado, falou sobre a negativa.
“[Bradley] foi muito claro ao afirmar que não recebeu tal ordem, para não dar trégua ou para matar todos. Ele recebeu uma ordem que, obviamente, foi escrita com muitos detalhes”, disse Cotton, de acordo com informações da agência Associated Press.
Na sexta-feira passada (28), o jornal The Washington Post relatou que, no primeiro ataque a uma embarcação na operação militar americana contra o narcotráfico no Caribe e no Oceano Pacífico, em 2 de setembro, dois ocupantes teriam sobrevivido e ficaram agarrados aos destroços.
Duas pessoas, que, segundo o Post, tiveram conhecimento direto da operação, alegaram que Bradley, para seguir uma normativa de Hegseth, teria dado então uma ordem para um segundo bombardeio, para matar os sobreviventes. “A ordem era matar todos”, disse uma das fontes.
No fim de semana, Trump disse a jornalistas no Air Force One, o avião oficial da presidência americana, que o assunto será “investigado”, mas afirmou que Hegseth negou que tenha dado a ordem para “matar todos”. “Ele disse que não disse isso, e eu acredito nele 100%”, afirmou Trump.
Na saída da reunião desta quinta-feira, parlamentares da oposição democrata continuaram questionando a ação.
“O que vi naquela sala foi uma das coisas mais perturbadoras que já vi em meu período no serviço público”, disse o deputado Jim Himes, ao comentar um vídeo do ataque que foi exibido na reunião.
“Temos dois indivíduos em evidente situação de perigo, sem qualquer meio de locomoção, cuja embarcação foi destruída, que foram mortos pelos Estados Unidos”, afirmou o democrata.
A operação militar americana no Mar do Caribe e no Oceano Pacífico já resultou em 21 ataques a 22 embarcações (com 83 mortes) supostamente ligadas ao narcotráfico.
Gazeta do Povo
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