Neymar não é maior do que o Santos.

As lições do Maracanã

Últimas atualizações em 09/11/2025 – 20:55 Por Redação GNI

A derrota do Santos para o Flamengo, na noite deste domingo (09), no Maracanã, expôs algumas lições que precisam ser avaliadas. Neymar parece ter esquecido algo básico: nenhum jogador é maior do que o clube. A camisa do Santos carregou Pelé, Coutinho, Pepe, Giovanni, Robinho e tantos outros. Todos brilharam, todos foram idolatrados, e nenhum precisou menosprezar torcedor, disparar indiretas ou agir como dono da instituição.

O “menino Ney” se porta como dono ou chefão do time. ‘Al Capone’ da Vila. Anda em campo, reclama de tudo e de todos, se acha intocável, desdenha e debocha. Ao ser substituído na noite deste domingo, aos 39 minutos do segundo tempo, saiu reclamando do técnico e foi direto para o vestiário. Na ‘boleiragem’, isso tem nome: insatisfação e falta de respeito com o clube, os dirigentes, o técnico e os companheiros. Ao sair, provocando um ‘show’, o Santos perdia por 3 x 0.

Neymar cresceu no Santos, virou estrela no Santos, foi defendido e protegido pelo Santos. Mas agora age como se tivesse feito um favor ao clube, como se a história começasse no dia em que ele apareceu. Mas, um recado: Neymar não é maior do que o Santos.

É patético ver um jogador com seu talento se comportar como celebridade ofendida, discutindo com torcedores, desprezando a instituição, se colocando acima do clube e alimentando uma postura infantil de guerra, orgulho e arrogância. Glória dentro de campo não dá direito à arrogância fora dele. Neymar acredita que ele é o novo Pelé, e ele não calçaria nem as chuteiras do senhor Edson Arantes do Nascimento. Ídolos são respeitados não só pelo que jogam, mas pelo que representam.

O “menino Ney”, de 33 anos, parece esquecer que sua estátua só existe porque o Santos existiu primeiro. Parece acreditar que o clube deveria se curvar a ele, como se a Vila Belmiro fosse seu quintal. E quando um jogador chega ao ponto de enfrentar a própria torcida e falar como se fosse maior do que o escudo, revela algo simples: perdeu a noção do seu lugar.

E tamanho, Neymar, você só tem dentro de campo. Fora dele, continua pequeno quando resolve medir ego com o clube que te criou.

Se Neymar realmente acredita que é maior do que o Santos, deveria aproveitar e pedir para trocarem o escudo do clube pela inicial do seu nome. Pelo menos seria coerente com o personagem.

No futebol, genialidade nunca foi sinônimo de grandeza. Dentro das quatro linhas você encanta. Fora delas, infelizmente, coleciona birras, polêmicas e atitudes de um menino mimado que envelhece sem amadurecer.

Clube nenhum precisa de um ídolo que se julga imperador. E, no fim, quando o ego é maior do que o futebol, a história sempre cobra a conta.

A diretoria precisa afastar e punir severamente o “menino Ney”.

Ele saiu aos 39 do segundo tempo, e a garotada da Vila quase empatou.

Final? Flamengo 3 x 2.

Léo Vilhena | Jornalista

Redação GNI

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