Viagens de deputados explodem e somam R$ 7,8 milhões
Últimas atualizações em 30/10/2025 – 21:32 Por Gazeta do Povo | Feed
As viagens oficiais internacionais e nacionais dos deputados federais até outubro chegam a R$ 5,4 milhões – bem mais do que os R$ 3,7 milhões gastos no ano passado inteiro. Somando com os voos de jatinhos da FAB usados pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, e pelo vice-presidente, Altineu Côrtes (PL-RJ),as despesas com viagens deste ano chegam R$ 7,8 milhões.
O maior gasto foi com a viagem de 27 deputados para o Fórum Jurídico de Lisboa – um evento organizado anualmente pela Faculdade de Direito de Lisboa, com a colaboração do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Foram torrados R$ 498 mil.
Os 25 deslocamentos para Nova York custaram R$ 446 mil. De 11 a 15 de maio, 14 deputados gastaram R$ 134 mil em reuniões com grupo de investidores e executivos promovida pelo Council of the Americas e do Diálogos Esfera New York; do LIDE Brazil Forum, do Fórum Veja Brazil, da CITI ISO e Ethanol Conference e a consultoria agrícola Datagro; da Summit Valor Econômico Brazil. O presidente Hugo Motta liderou a missão. O seu deslocamento jatinho da FAB custou de R$ 223 mil.
Despesas do Fórum de Lisboa
As despesas com a caravana para o Fórum de Lisboa variaram muito. Na classe executiva, Elcione Barbalho (MDB-PA) gastou R$ 26,4 com passagens. Com as diárias, a conta fechou em R$ 37,2 mil. Luciano Vieira (Republicanos-RJ) torrou R$ 39,2 mil – R$ 28,3 mil com passagens. Robson Faria (PP-RN) gastou mais R$ 35 mil – R$ 24 mil com passagens.
O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) gastou bem mais. Ele viajou em jatinho da FAB. Os voos de ida e volta custaram R$ 237 mil; as diárias, mais 14 mil. Cada diária do presidente equivale a dois salários mínimos. Ele participou do evento como palestrante.
Na base da pirâmide, Gilvan Máximo (Republicanos-DF) conseguiu passagem por R$ 4,2 mil. Somando com as diárias de R$ 5,4 mil, foram R$ 9,5 mil. Pedro Paulo (PSD-RJ) pagou R$ 2,4 mil pela passagem e recebeu mais R$ 10,9 mil em diárias – um total de R$ 13,3 mil.
Os voos de Lira
Em julho, Motta viajou para encontro com o representante do Brasil junto à Organização das Nações Unidas em Genebra, embaixador Tovar da Silva Nunes, e para a Conferência Mundial de Presidentes de Parlamentos. Dessa vez não usou o jatinho da FAB. A viagem custou R$ 42,6 mil, com passagens a R$ 28 mil. Bem mais barato.
Em maio, o ex-presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) comprou passagem na classe executiva para Nova York por R$ 67 mil. Seria um recorde de desperdício, mas o ex-presidente cancelou a viagem, por motivo justificado, mas não divulgado. A Câmara poderá usar os mesmos trechos em até um ano.
Em agosto, 12 deputados foram a Singapura, no Sudeste Asiático, participar de reuniões no Conselho de Exames e Avaliação de Singapura, no Instituto de Educação Técnica, no Ministério da Educação, na Universidade Tecnológica Nanyang, entre outros órgãos da área educacional. Foram gastos R$ 236 mil, sendo R$ 115 mil com passagens – todas na classe econômica.
Guangzhou, Tashkent e Uzbesquistão
A passagem do deputado Henrique Gagim (União-TO) para Guangzhou, na China, para participar da Feira de Cantão, custou R$ 48 mil. Com mais as diárias, as despesas fecharam em R$ 60 mil. No final de julho, o deputado Júlio Cesar Ribeiro viajou para participar dos Jogos Mundiais Universitários de Verão. Recebeu R$ 12 mil em diárias. Não há registro de passagens.
Em abril, sete deputados viajaram para participar nas reuniões do Comitê Executivo da Assembleia da União Interparlamentar UIP, na cidade de Tashkent (Uzbequistão). As despesas chegaram a R$ 301 mil, sendo R$ 216 mil com passagens. A viagem de 4 deputados a Hanoi foi uma visita oficial do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil/Vietnã. Custou R$ 100 mil.
Presidentes de comissões, ocupantes de cargos da Mesa Diretora e outros cargos podem viajar na classe executiva. O deputado também pode usufruir da mordomia pagando a diferença do valor para a classe econômica. Mas esse pagamento é feito com a utilização de sua Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar (CEAP)”. Ocorre que a CEAP é custeada com dinheiro público, pago pelo contribuinte.
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