Entrevista com o escritor Léo Vilhena: ‘entre a fé, o mistério e o espírito humano’
Entrevista exclusiva com o escritor Best Seller da Amazon
Últimas atualizações em 29/10/2025 – 22:13 Por Redação GNI
Hoje temos o prazer de receber o escritor best-seller Léo Vilhena, jornalista e autor independente conhecido por sua vasta obra literária, intensa, reflexiva e profundamente humana. Autor de livros que exploram os dilemas morais, espirituais e sociais do nosso tempo, Léo Vilhena tem se destacado pela maneira com que une razão e sensibilidade em suas análises. Nos últimos anos, vem se revelando também um excelente autor de romances policiais e sobrenaturais. Autor com mais de 200 mil cópias vendidas ou baixadas.
Em sua trajetória, Léo Vilhena publicou obras como Desculpas não curam feridas (Best Seller), Uma conversa com o mal, Não é o fim de tudo (Best Seller), O Pastor, Ingratidão, Faith Hill, Desprezando o desprezo (Best Seller), Pastores infiéis e O Último Guardião, disponíveis na Amazon, Editora Caminhos e Clube de Autores.
Com uma carreira marcada pela autenticidade, discurso firme contra o pecado e a hipocrisia, e pelo compromisso com a verdade, Léo Vilhena transforma cada texto em um convite à reflexão, seja no campo da fé, do sobrenatural ou da natureza humana.
Sua obra, ao mesmo tempo firme e compassiva, revela um autor que não teme mergulhar nas sombras da alma humana para extrair delas um sentido de luz. Em tempos de superficialidade e pressa, Léo Vilhena nos recorda que pensar, sentir e acreditar ainda são atos de resistência.
Avesso a entrevistas, Léo Vilhena, de forma excepcional, compartilha nesta conversa sua visão sobre os desafios contemporâneos, o papel da palavra na construção da consciência e o poder do arrependimento e da transformação pessoal.
MARIA CLARA: Léo, você transita por três universos literários fascinantes: o cristão, o policial e o espiritual. Como nasceu essa mistura tão singular de estilos e temas?
LÉO VILHENA: Acredito que tudo vem da minha própria experiência de vida. Sou cristão e vejo o mundo pela lente da fé, mas também sou curioso por natureza. Gosto de investigar o comportamento humano, os dilemas morais e espirituais que movem as pessoas. O romance policial me dá o cenário perfeito para isso. Já a ficção espiritual é a ponte entre o visível e o invisível, o lugar onde o bem e o mal se enfrentam de forma simbólica, mas muito real.
MARIA CLARA: Você costuma dizer que suas histórias mostram que o bem sempre vence o mal. Como traduz essa visão nas suas obras?
LÉO VILHENA: Acredito na justiça divina, mesmo quando ela parece distante. Meus personagens enfrentam forças sombrias, humanas ou espirituais, mas sempre há uma fagulha de luz, um anjo, uma oração, ou simplesmente a consciência que desperta. O mal pode parecer poderoso, mas o bem é persistente, silencioso e vitorioso. Essa é a mensagem que procuro deixar em cada livro.
MARIA CLARA: No gênero policial, seu detetive Arthur Blackwood já é quase um clássico entre seus leitores. Como surgiu esse personagem?
LÉO VILHENA: Arthur nasceu de uma mistura de admiração por Agatha Christie e vontade de criar um personagem que unisse inteligência e alma. Ele é metódico, lógico, mas também sensível. Não é apenas um homem que resolve crimes, é alguém que tenta compreender o que levou uma pessoa a cruzar a linha do pecado. Blackwood investiga a alma tanto quanto a cena do crime. É um prazer escrever pelas lentes do Blackwood.
MARIA CLARA: E nos seus livros cristãos, há também um tom de denúncia social e religiosa. Você considera sua escrita uma forma de militância pela verdade e contra a hipocrisia?
LÉO VILHENA: De certa forma, sim. Eu escrevo para provocar reflexão. Vivemos tempos de inversão moral, onde o certo é ridicularizado e o errado é exaltado. Escrever é a minha forma de resistir, de reafirmar valores que não podem ser negociados. A fé, a família e a liberdade são pilares inegociáveis. A palavra escrita é uma espada, e o escritor, um guerreiro da verdade.
MARIA CLARA: A espiritualidade é um tema muito presente nas suas narrativas. Você acredita que há uma batalha espiritual real por trás dos dramas humanos?
LÉO VILHENA: Sem dúvida. Todo conflito humano tem uma raiz espiritual. O que chamamos de acaso ou azar muitas vezes é reflexo de algo que se move no invisível. Eu procuro mostrar isso nas minhas histórias. O leitor pode ver um assassinato, uma tragédia ou uma dúvida existencial, mas por trás há sempre um embate entre anjos e demônios, entre luz e trevas, dentro e fora de cada um de nós.
MARIA CLARA: Qual o papel da fé na sua jornada como escritor?
LÉO VILHENA: É o centro de tudo. Sem fé, eu não escreveria. É ela que me dá inspiração, coragem e discernimento para lidar com temas delicados. Quando escrevo, oro. Peço a Deus que me use como instrumento, que cada palavra possa tocar alguém. Não escrevo apenas para entreter, mas para despertar.
MARIA CLARA: E quais são seus próximos projetos literários?
LÉO VILHENA: Estou escrevendo um novo romance policial ambientado em Londres, no início do século XX, com o retorno de ‘Arthur Blackwood’, agora enfrentando um caso que mistura assassinato e possessão espiritual. Creio que em 2026 eu finalizo essa obra. Paralelamente, estou escrevendo a continuação de ‘Uma conversa com o Mal’, que será uma prequela. Dois caminhos diferentes, mas com a mesma essência: o confronto entre a verdade e a mentira.
MARIA CLARA: Quantos livros publicados até agora?
LÉO VILHENA: 175.
MARIA CLARA: Para encerrar, que mensagem você deixaria aos seus leitores?
LÉO VILHENA: Não desistam da verdade. Em um mundo que tenta calar a fé, ser cristão e conservador é um ato de coragem. Continuem lendo, questionando, e mantendo viva a chama da consciência. A literatura pode ser uma forma de libertação, e a fé, a ponte para essa liberdade.
Maria Clara | Rede GNI
