Bancada do PT critica operação no Rio e Gleisi cobra avanço da PEC da Segurança

Últimas atualizações em 29/10/2025 – 08:41 Por Gazeta do Povo | Feed

A bancada do PT na Câmara dos Deputados e a ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, criticaram duramente a megaoperação policial desencadeada nesta terça (28) pelo governo do estado do Rio de Janeiro contra lideranças do Comando Vermelho. A ação nos complexos do Alemão e Penha deixou 64 mortos, segundo números oficiais, e prendeu 81 pessoas ligadas à facção criminosa.

Os parlamentares petistas classificaram a ação como “a expressão máxima de um modelo falido e irresponsável, que enluta dezenas de famílias”. A ação foi a mais letal da história do Rio de Janeiro.

“Repudiamos a insistência do governador em uma estratégia de guerra, já exaustivamente fracassada, que faz da polícia fluminense uma das que mais mata e mais morre no mundo. Esta postura ignora solenemente as alternativas modernas e eficazes propostas pelo governo federal, como a PEC da Segurança Pública, que promove a integração federativa, e o PL Antifacção, que moderniza o combate ao crime organizado por meio de inteligência e descapitalização”, disse a bancada petista em nota.

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A bancada do PT ainda responsabilizou diretamente o governador Cláudio Castro (PL-RJ) e considerou “revoltante que o governador comemore uma ação que custou a vida de quatro policiais no próprio dia em que se homenageia o servidor público”.

“A postura de Cláudio Castro é vergonhosa e eleitoreira. Ele admite publicamente usar operações como marketing político, enquanto sob seu comando o Rio é palco das maiores chacinas de sua história. Sua retórica belicista gera apenas caos e derramamento de sangue, sem qualquer resultado concreto em segurança para a população”, seguiu a nota dos parlamentares.

Os deputados petistas também negaram que o governo do Rio de Janeiro tenha atuado de forma isolada, chamando de “falsidade grotesca” a afirmação de que o estado estaria sozinho, segundo disse Castro na véspera. Segundo a bancada, o governo federal “mantém atuação permanente da Força Nacional, da Polícia Federal e da PRF, com resultados expressivos na apreensão de armas e drogas”.

Defesa da PEC da Segurança

Já a ministra Gleisi Hoffmann afirmou que a letal operação no Rio reforça a necessidade de mudanças estruturais no modelo de segurança pública, com a “urgência” da aprovação da PEC da Segurança Pública no Congresso Nacional.

“Ficou mais uma vez evidente a necessidade de articulação entre forças de segurança no combate ao crime organizado.  E o fortalecimento da Polícia Federal e outras forças federais no planejamento e na execução das ações conjuntas, não apenas fornecendo armas, equipamentos e tropas para operações decididas isoladamente por governos locais”, disse.

A operação, deflagrada na madrugada de terça (28), mobilizou cerca de 2,5 mil agentes do estado em uma ação contra o Comando Vermelho. Segundo o governo fluminense, havia 100 mandados de prisão expedidos, e quatro policiais morreram nos confrontos. O secretário de Segurança Pública, Victor Santos, declarou que a ofensiva “foi planejada com antecedência e sem apoio federal”, enquanto Cláudio Castro insistiu que o Estado “estava sozinho”.

A fala do governador foi rebatida pelo ministro Ricardo Lewandowski, que garantiu não ter recebido qualquer pedido de ajuda. O ministro afirmou ainda que, sempre que solicitado, o governo federal prestou o suporte necessário. Há a expectativa de que Lewandowski e Castro se reúnam ainda nesta quarta (29) no Rio de Janeiro para discutir a operação e os próximos passos da resposta às facções.

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