Criminosos lançam granadas com drones contra policiais durante operação no RJ

Últimas atualizações em 28/10/2025 – 15:48 Por Gazeta do Povo | Feed

Criminosos alvos da megaoperação da Polícia Civil nos complexos da Penha e do Alemão no Rio de Janeiro, nesta terça (28), reagiram e lançaram granadas contra os policiais utilizando drones durante a ação. A retaliação foi registrada pela própria autoridade em vários pontos dos locais em que mais de 80 pessoas foram presas.

De acordo com o governo fluminense, os drones com granadas foram utilizados para atacar os policiais que agiam no Complexo da Penha, mas não há informações se a ação deixou feridos. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL-RJ), reagiu à retaliação dos criminosos e afirmou que não mudará a estratégia.

“É assim que a polícia do Rio de Janeiro é recebida por criminosos: com bombas lançadas por drones. Esse é o tamanho do desafio que enfrentamos. Não é mais crime comum, é narcoterrorismo. Mas a gente não vai dar um passo atrás. Seguimos firmes, com estratégia, tecnologia no enfrentamento ao narcoterrorismo”, afirmou em uma entrevista coletiva no final da manhã.

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Além do uso de drones para lançar granadas sobre os policiais, outras imagens mostram uma intensa troca de tiros nos dois complexos entre os traficantes e os agentes. Ao todo, a operação cumpre mais de 100 mandados de prisão contra líderes do Comando Vermelho em uma ação que, segundo Castro, será permanente.

Entre os presos está Nicolas Fernandes Soares, que seria o operador financeiro de Edgar Alves de Andrade, o “Doca” ou “Urso”, um dos chefes do Comando Vermelho. Foram apreendidos 10 fuzis, duas pistolas, nove motocicletas e diversos rádios comunicadores usados pelos criminosos.

A Polícia Civil também já capturou o traficante Thiago do Nascimento Mendes, conhecido como “Belão do Quitungo”, apontado como o “01 da comunidade do Quitungo”, disse a autoridade. Ele foi preso na localidade de Chatuba da Penha, na Penha.

Mais cedo, Castro confirmou que a operação foi planejada e executada exclusivamente pelas forças policiais do Rio de Janeiro, sem atuação do governo federal. As investigações começaram há um ano pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), que também miram cerca de 30 pessoas no estado do Pará.

“Estamos atuando com força máxima e de forma integrada, para deixar bem claro que quem exerce o poder é o Estado. Os verdadeiros donos desses territórios são os cidadãos de bem, trabalhadores. Seguiremos firmes na luta contra o crime organizado”, disse. O planejamento da ação desta terça (28) levou 60 dias.

O secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, emendou ressaltando que a operação mira corrigir uma “desordem” de “aproximadamente 9 milhões de metros quadrados” no Rio de Janeiro. Ele acrescentou que cerca de 280 mil pessoas vivem nas 26 áreas afetadas.

“Estado de guerra que a gente vive no Rio de Janeiro. […] Lamentamos profundamente as pessoas feridas, mas essa é uma ação necessária, planejada, com inteligência, e que vai continuar”, afirmou o secretário em entrevista à TV Globo.

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