Na Malásia, Lula diz que empresários reclamam demais

Durante evento empresarial na Malásia neste domingo (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a fazer críticas ao setor produtivo brasileiro. Segundo ele, parte dos empresários “só se queixa” da taxa de juros e da tributação no país. Para o petista, empresários brasileiros deveriam “viajar” e “garimpar” oportunidades fora do Brasil ao invés de reclamar.

“Tem dois tipos de empresários no Brasil. Aqueles que gostam de viajar, que gostam de garimpar oportunidades, de vender e comprar. E tem aqueles que ficam no Brasil só se queixando da taxa de juros e da tributação. Eu acho que vão vencer aqueles que garimpam e viajam em busca de oportunidades”, afirmou Lula.

A declaração foi feita durante o Encontro Empresarial Brasil–Malásia, realizado paralelamente à reunião de cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (Asean).

Lula pede apoio da Malásia para parceria na produção de semicondutores

No mesmo discurso, Lula pediu apoio da Malásia para o desenvolvimento da indústria de semicondutores no Brasil. O petista afirmou que o país asiático pode contribuir com investimentos e tecnologia para evitar gargalos na produção nacional.

“Precisamos de vocês [malaios], sobretudo na produção de semicondutores. O Brasil precisa dar um salto de qualidade. Conversei com estudantes brasileiros que estão aqui se preparando para que o Brasil possa ter empresas da Malásia fazendo investimentos no Brasil na produção de chips, uma coisa que nós precisamos”, declarou.

Lula também disse que a relação entre os dois países “nunca mais será pequena” e afirmou que o Brasil está “de braços abertos” para investidores estrangeiros. “O papel do presidente é abrir portas para que os empresários façam negócios”, argumentou.

O presidente afirmou ainda que o Brasil vive um “momento auspicioso” e destacou o potencial do país na transição energética e na produção de hidrogênio verde. “O Brasil vive hoje um momento auspicioso, é um país que está crescendo acima da média do crescimento dos países do mundo inteiro, temos uma forte ação na transição energética. Queremos nos transformar num grande produtor de hidrogênio verde e energia limpa”, concluiu.