Brasil tem problema com Netanyahu, diz após acordo entre Israel e Hamas
Últimas atualizações em 13/10/2025 – 16:14 Por Gazeta do Povo | Feed
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comemorou nesta segunda (13) o acordo entre Israel e o grupo terrorista Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas afirmou que seu governo não tem boas relações com o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu.
A fala ocorreu pouco depois de Lula discursar na abertura do Fórum Mundial da Alimentação em Roma, na Itália, e do Hamas liberar um grupo de reféns dos ataques de outubro de 2023. Desde aquela época, o petista vem criticando fortemente o governo israelense, classificando reiteradamente a reação israelense aos terroristas como um genocídio.
“O Brasil não tem problema com Israel. O Brasil tem problema com o Netanyahu. A hora que ele não for mais governo, não haverá nenhum problema entre o Brasil e Israel, que sempre tiveram uma relação muito boa. Nós sabemos o papel que o povo judeu tem feito inclusive lutando contra as atitudes do Netanyahu, que não concordava em muita parte com aquela guerra”, afirmou Lula a jornalistas.
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Lula ainda se disse feliz com o cessar-fogo, embora ainda não se saiba se será definitivo. No entanto, afirmou que “antes tarde do que nunca”.
“Me parece que há muitas possibilidades de um acordo ser definitivo, e eu acho que isso é muito importante. Não se vai devolver a vida dos milhões que morreram, mas se devolve pelo menos o direito das pessoas a dormirem tranquilas, sem medo de uma bomba, sem medo de um prédio cair”, disse.
Ainda de acordo com ele, o acordo entre Israel e o Hamas pode servir de início para uma negociação entre a Rússia e a Ucrânia.
“Se o mundo foi capaz de resolver talvez a questão de Israel, eu penso que está na hora de a gente começar também a pensar em resolver o problema da guerra da Ucrânia e da Rússia. Eu acho que é plenamente possível”, completou.
No começo da tarde, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um acordo de paz para encerrar a guerra no Oriente Médio, junto de outros países mediadores das negociações como Egito, Catar e Turquia. Ainda não há detalhes sobre o teor do documento, mas a Casa Branca descreveu-o em uma rede social como o Plano de Paz de Gaza para a paz no Oriente Médio.
A assinatura ocorreu horas depois do Hamas ter libertado os 20 reféns vivos que permaneciam em Gaza e de Israel ter libertado quase 2 mil prisioneiros palestinos em troca.
Segundo informações da Agência EFE, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, recusou o convite de Trump para participar da cerimônia de assinatura do plano de paz no Egito.
Segundo informou seu escritório em um comunicado, o premiê não quis participar do evento devido à proximidade do início do feriado de Simchat Torá, o último dia do período festivo judaico de Sucot, que começa no entardecer desta segunda-feira e termina no entardecer de terça (14).
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