Lula conversa com Trump por videoconferência em tom “positivo”
Últimas atualizações em 06/10/2025 – 11:44 Por Gazeta do Povo | Feed
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma reunião por videoconferência com o seu homólogo norte-americano Donald Trump na manhã desta segunda (6). De acordo com as primeiras informações, o encontro virtual durou cerca de 30 minutos e foi positivo.
O encontro ocorreu após uma reunião de Lula com os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Geraldo Alckmin (Indústria e Comércio) e Mauro Vieira (Relações Exteriores) no Palácio da Alvorada, segundo confirmou o governo à Gazeta do Povo.
“Positivo”, disse Haddad a jornalistas pouco depois, mas sem dar mais detalhes. Um comunicado oficial será divulgado pelo governo ainda nesta manhã.
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A reunião de Lula e Trump não estava marcada na agenda oficial do dia, mas vinha sendo negociada pelos seus ministros e negociadores desde meados de julho, quando o mandatário dos Estados Unidos impôs um tarifaço de 50% sobre os produtos brasileiros exportados para lá. Desde então, o governo vinha tentando estabelecer um canal de negociação com autoridades norte-americanas.
No entanto, as conversas tomaram um novo rumo após o discurso de Lula na Assembleia Geral da ONU no final do mês passado, seguido de um comentário positivo de Trump, que disse ter ouvido as falas do seu homólogo na tribuna.
“Eu estava entrando [para discursar] e o líder do Brasil estava saindo. Eu o vi, ele me viu e nos abraçamos. […] Ele gostou de mim, eu gostei dele. Eu só faço negócios com pessoas de quem eu gosto. Quando eu não gosto, eu não gosto. Tivemos ao menos 39 segundos de uma química excelente”, afirmou Trump pouco depois.
Em um primeiro momento, a expectativa era de que Lula e Trump conversariam apenas durante a viagem que farão à Malásia no final deste mês para participar da cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
Lula vinha criticando abertamente Trump pelo tarifaço imposto ao Brasil, dizendo que não havia motivos e atacando-o de tentar interferir na soberania e na Justiça brasileira, já que um dos motivos apontados era o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por supostamente liderar uma tentativa de golpe de Estado. O mandatário norte-americano chegou a classificar a ação penal como uma “caça às bruxas”.
“Chantagem inaceitável em forma de ameaça às instituições brasileiras”, afirmou Lula em um pronunciamento à nação em meados de julho após o anúncio do tarifaço.
Na gravação, Lula também falou que Trump utilizou informações falsas sobre o comércio entre os dois países, e que ficou ainda mais indignado por saber que “esse ataque americano ao Brasil tem o apoio de alguns políticos brasileiros”. Sem citar nomes, disse que se tratam de “verdadeiros traidores da Pátria”.
Dois meses depois, em setembro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e o jornalista Paulo Figueiredo foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por supostamente tentarem coagir a Justiça articulando sanções contra o Brasil junto a autoridades dos Estados Unidos.
Segundo o órgão, o material probatório apresentado inclui declarações públicas feitas pelos denunciados em redes sociais, além de informações extraídas de celulares apreendidos em medidas cautelares autorizadas pelo STF.
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