Avião de Lula no PA tem problema no motor com risco de incêndio

O avião que transportaria o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Ilha do Marajó (PA), na quinta (2), teve um problema no motor antes da decolagem e precisou ser esvaziado por risco de incêndio. A revelação foi feita nesta sexta (3) em Belém, onde cumpre agenda oficial em obras da COP 30.

Lula relatou que a equipe deixou a aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) às pressas. A falha mecânica, segundo o presidente, poderia gerar um incêndio em voo.

“Só tinha que agradecer a Deus, porque poderia ter tido problema quando eu estivesse no ar. E, quando eu estava em terra ainda, tivemos que descer do avião com medo que o avião pegasse fogo”, afirmou Lula em entrevista à TV Liberal, afiliada da TV Globo na capital paraense.

A delegação presidencial embarcou em outra aeronave da FAB para seguir com a agenda no estado. Após cumprir compromissos no Pará, Lula visitou a Basílica Santuário de Nossa Senhora de Nazaré, em Belém.

“Fui agradecer a Nossa Senhora de Nazaré porque ontem aconteceu um outro problema comigo no avião”, pontuou.

Horas depois da declaração, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom) confirmou a falha e afirmou que “por precaução e seguindo protocolos de segurança, a FAB optou por utilizar uma aeronave reserva (sempre disponível nas missões presidenciais)”.

“O voo foi realizado normalmente e o presidente cumpriu toda a agenda prevista em Breves em segurança e sem alterações no roteiro”, completou (veja na íntegra mais abaixo).

Não é a primeira vez que o presidente enfrenta problemas em voos oficiais. Em outubro de 2024, uma aeronave utilizada por Lula apresentou falha técnica, obrigando o avião a voar em círculos por mais de quatro horas durante uma visita oficial ao México. Na ocasião, a FAB explicou que a medida foi necessária para queimar combustível antes do pouso, como protocolo de segurança.

Após o incidente, Lula pediu ao ministro José Múcio Monteiro, da Defesa, estudos para a compra de um novo avião presidencial. Algumas opções foram apresentadas, mas, o custo elevado e o receio de desgaste político em meio ao atual cenário econômico engavetaram os planos.

Na última semana, o governo anunciou um novo contingenciamento de recursos de R$ 12,1 bilhões em despesas discricionárias, um aumento de R$ 1,4 bilhão em relação ao relatório anterior quando foram congelados R$ 10,748 bilhões.

Ainda nesta sexta (3), Lula visita obras de macrodrenagem e urbanização, o Museu das Amazônias e o Parque da Cidade, no âmbito dos preparativos para a COP 30, que será realizada no mês que vem.

Veja abaixo o que disse a Secom sobre o incidente com o voo de Lula no Pará:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva precisou trocar de aeronave antes de decolar de Belém (PA) com destino a Breves, no Arquipélago do Marajó, no Pará, na manhã de quinta-feira, 2 de outubro. Inicialmente, o trajeto seria feito em um C-105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira (FAB), que não integra a frota presidencial, mas foi escolhido por ser adequado às condições da pista no município de destino. O avião é usado com frequência para transporte de tropas e cargas, além do deslocamento do presidente quando é necessário pousar em pistas curtas.

Ainda em solo, durante os procedimentos de acionamento dos motores, foi identificado um problema técnico-operacional na aeronave. Por precaução e seguindo protocolos de segurança, a FAB optou por utilizar uma aeronave reserva (sempre disponível nas missões presidenciais). O modelo utilizado foi um C-97 Brasília.

O voo foi realizado normalmente e o presidente cumpriu toda a agenda prevista em Breves em segurança e sem alterações no roteiro.