Deputada do PT e ativista brasileiro estão em flotilha interceptada
Últimas atualizações em 01/10/2025 – 21:20 Por Gazeta do Povo | Feed
A deputada federal Luizianne Lins (PT-CE) e o ativista brasileiro de esquerda Thiago Ávila estão entre os participantes dos barcos que integram a chamada Flotilha Global Sumud, interceptada nesta quarta-feira (1º) pela Marinha de Israel no Mediterrâneo.
O comboio, apoiado por diversos militantes de esquerda de mais de 40 países e pela ativista sueca Greta Thunberg, navegava em direção à Faixa de Gaza quando recebeu ordem para mudar de rota.
Em comunicado, o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que “a Marinha israelense entrou em contato com a flotilha Hamas-Sumud e pediu que mude de rumo. Israel informou à flotilha que ela está se aproximando de uma zona de combate ativa e violando um bloqueio naval legítimo”.
Apesar do alerta, os barcos seguiram navegando e foram abordados. O perfil do ativista Thiago Ávila no Instagram disse que “nossas embarcações estão sendo interceptadas ilegalmente. As câmeras estão fora do ar e as embarcações foram abordadas por forças israelenses”. Já a conta da deputada Luizianne Lins acusou no X Israel de agir “de forma ilegal e autoritária” e disse que acionou autoridades brasileiras e organismos internacionais.
???? URGENTE | ALERTA INTERNACIONAL ????
Chegam informações de que, de forma ilegal e autoritária, as forças armadas de Israel interceptaram a Flotilha Global Sumud, que conta com a participação da Deputada Federal brasileira Luizianne Lins e de dezenas de voluntários(as) de mais de… pic.twitter.com/WwnTh0vGKS
— Luizianne Lins (@LuizianneLinsPT) October 1, 2025
Segundo relatos da própria Flotilha Global Sumud, nove embarcações já foram interceptadas por Israel, entre elas a embarcação Flórida, que teria sido abalroado por militares israelenses. Ativistas alegam que canhões de água foram usados contra as embarcações, mas confirmaram que nenhum participante ficou ferido. Israel não confirma o caso.
Pela lei israelense, estrangeiros que tentam furar o bloqueio de Gaza podem ser deportados em até 72 horas. Em junho deste ano, a Marinha israelense já havia interceptado a embarcação Madleen, da chamada Flotilha da Liberdade, que também tentava furar o bloqueio naval de Gaza. Na ocasião, 12 ativistas foram levados para Israel, entre eles o brasileiro Thiago Ávila. Quatro aceitaram a expulsão voluntária, enquanto os demais permaneceram detidos, passaram por audiências judiciais no país e posteriormente liberados.
Israel mantém um bloqueio naval e terrestre sobre Gaza com objetivo de impedir o contrabando de armas para o grupo terrorista Hamas. O governo israelense acusa a Flotilha Global Sumud de ter vínculos diretos com o Hamas. Segundo Jerusalém, há documentos que apontam essa ligação, incluindo uma carta de 2021 de Ismail Haniyeh, então líder do grupo, enviada à Conferência Popular para Palestinos no Exterior (PCPA), organização descrita por Israel como uma frente política ligada ao Hamas. As autoridades afirmam ainda que a flotilha atua “em coordenação com o Hamas sob pretexto civil”, navegando sem autorização e em violação do direito internacional.
Gazeta do Povo
Sob a licença da Creative Commons (CC) Feed
Redes Sociais:
https://www.facebook.com/www.redegni.com.br/
https://www.instagram.com/redegnioficial/
https://gettr.com/user/redegni
https://x.com/redegni
