Ex-ministro é condenado à morte por aceitar suborno na China

Últimas atualizações em 29/09/2025 – 10:18 Por Gazeta do Povo | Feed


O ex-ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian (2020-2024), foi condenado neste domingo (28) a uma pena de morte suspensa por dois anos por “aceitar enormes subornos”, segundo informou a agência estatal de notícias Xinhua.

Este tipo de sentença, com penas de morte suspensas, é relativamente frequente no gigante asiático em casos de corrupção e implica que, se o réu não cometer novos delitos e tiver um comportamento adequado durante o período em que a suspensão for vigente, pode ter sua pena comutada para prisão perpétua.

Tang foi condenado por um tribunal da cidade de Changchun, que determinou que, entre 2007 e 2024, o ex-ministro se aproveitou do cargo para favorecer terceiros em negócios, licitações ou concursos de emprego, aceitando em troca dinheiro e bens com valor equivalente a cerca de R$ 200 milhões.

Todas as propriedades pessoais de Tang serão confiscadas e os ganhos ilegais obtidos com subornos serão recuperados e destinados às contas nacionais, acrescentou o despacho.

“Os crimes de Tang representaram graves danos aos interesses do Estado e do povo, fazendo com que merecesse a pena de morte. No entanto, levando em consideração a sua cooperação ao confessar os seus crimes, ao devolver os ganhos ilícitos e outros fatores atenuantes, o tribunal ofereceu clemência”, destacou a Xinhua.

Segundo a agência oficial de notícias, Tang se declarou culpado e “expressou remorso” em seu depoimento final. Tang estava “sob investigação disciplinar” desde maio do ano passado, e havia sido expulso do Partido Comunista da China em novembro por “graves violações disciplinares” e a “suspeita de que recebeu subornos”, com as autoridades oficializando sua detenção semanas mais tarde.

Os principais órgãos anticorrupção do Estado e do partido foram acusados ​​de “serem ineficazes na implementação de decisões”, de “tomar decisões às cegas”, de “estar moralmente corrompido” e de “mostrar uma ganância desenfreada”.

Sua destituição neste ano elevou a três o número de ministros do regime chinês abruptamente demitidos desde que, em julho de 2023, o então titular das Relações Exteriores, Qin Gang, perdeu o cargo apenas sete meses após sua nomeação e depois de não ter sido visto em público durante um mês.

Ainda em 2023, o então titular da Defesa, Li Shangfu, foi destituído sem denúncia e posteriormente expulso do Partido Comunista após ser acusado de um crime de corrupção.

Após sua chegada ao poder em 2012, o atual secretário-geral do partido e líder do regime comunista da China, Xi Jinping, iniciou uma campanha anticorrupção em que vários funcionários chineses de alta escalão foram condenados por aceitar subornos milionários.

Embora esta campanha, um dos programas de destaque de Xi, tenha descoberto importantes casos de corrupção dentro do partido, alguns críticos apontaram que também poderia ser utilizada para acabar com a carreira política de alguns de seus adversários.

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