Hamas diz que massacre em Israel criou “momento de ouro”
Últimas atualizações em 26/09/2025 – 08:39 Por Gazeta do Povo | Feed
Um alto representante do Hamas, Ghazi Hamad, afirmou em entrevista divulgada na noite de quinta-feira (25) que o massacre realizado em 7 de outubro de 2023 em Israel criou um “momento de ouro” para a causa palestina.
Duas semanas após sobreviver a um ataque israelense no Catar, a liderança terrorista defendeu em conversa com a CNN o “alto preço” das perdas civis no enclave palestino, sem se desculpar em nome do grupo.
Hamad destacou na entrevista o crescente isolamento internacional de Israel devido às operações em Gaza e elogiou o reconhecimento da Palestina em reunião da ONU.
“Sabe qual o benefício do 7 de outubro agora? Se você olhar para a Assembleia Geral [da ONU], quando cerca de 194 pessoas abriram seus olhos e contemplaram a atrocidade, a brutalidade de Israel e de todos eles, eles condenaram Israel. Esperamos por esse momento há 77 anos”, afirmou o membro do Hamas.
“Vejo atualmente como um momento de ouro para mudar a história”, acrescentou Hamad à CNN.
A emissora americana chegou a questionar o entrevistado se ele se arrepende ou guarda alguma culpa sobre o massacre de 7 de outubro. Sua resposta foi: “Eu sei que o preço é muito alto, mas pergunto novamente: qual seria a opção?”.
A CNN ainda exibiu imagens de palestinos em Gaza protestando contra o Hamas. O alto representante do grupo terrorista se recusou por alguns segundos a olhar o conteúdo e voltou a responsabilizar Israel pelo sofrimento no enclave.
Nos últimos meses, houve relatos de diferentes moradores de Gaza sendo torturados e mortos por integrantes do Hamas devido ao posicionamento contrário ao grupo terrorista. Em abril, um palestino de 22 anos foi uma dessas vítimas assassinadas após participar de protestos pedindo o fim do controle do Hamas.
Israel iniciou há semanas uma operação na Cidade de Gaza, considerada pelo governo e pelos militares o último reduto onde forças do Hamas ainda mantêm algum tipo de controle.
Na semana passada, as Brigadas Al-Qassam emitiram um comunicado dizendo que não se preocupariam com as vidas dos reféns enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu continuasse matando-os.
Na entrevista à CNN, Ghazi Hamad recusou as acusações de que reféns são usados como escudos humanos. Segundo ele, as vítimas são tratadas com “princípios islâmicos”.
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