Carlos Bolsonaro intensifica agenda em SC de olho no Senado

Últimas atualizações em 26/09/2025 – 05:35 Por Gazeta do Povo | Feed

O vereador pela cidade do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL-RJ), tem ampliado a frequência por Santa Catarina. Um roteiro de visitas por municípios catarinenses reforça a intenção do filho 02 do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-SP) em disputar as eleições ao Senado pelo estado no próximo ano.

Na última sexta-feira (19), Carlos Bolsonaro esteve em Balneário Camboriú, onde Jair Renan Bolsonaro, vereador do município, o recebeu. Carlos visitou a Câmara de Vereadores, conheceu o gabinete do irmão mais novo e se encontrou com o vereador de Blumenau Flavinho Aquino (PL-SC). Além disso, conversou com apoiadores. “Percorrendo Santa Catarina e reencontrando amigos”, escreveu.

No domingo (21), durante manifestações da esquerda contra a anistia e a PEC da Blindagem pelo país, Carlos visitou São Pedro de Alcântara, a 33 quilômetros de Florianópolis. Ele esteve na igreja do município e conheceu pontos turísticos, conversando com moradores.

Outro movimento que chamou atenção foi a escolha de uma identidade visual com a união das bandeiras do Brasil e de Santa Catarina no nome Carlos Bolsonaro, usada em conteúdos de marketing. Reforçando a presença no estado, o vereador carioca também participou do ato de 7 de Setembro em Florianópolis, ao lado do governador Jorginho Mello (PL-SC) e outros políticos de direita.

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Valdemar Costa Neto disse que Carlos Bolsonaro se mudou para São José

No mês de junho, Carlos revelou interesse em transferir o domicílio eleitoral, sinalizando uma possível pré-candidatura ao Senado. “Caso essa mudança se concretize, levarei comigo toda a experiência adquirida na Câmara do Rio e os ensinamentos que observei com meu pai, para trabalhar em prol da região que me receber — e do Brasil inteiro — mantendo firmes os mesmos valores, independentemente do CEP”, afirmou.

Em julho, o governador catarinense disse, em entrevista ao blog da jornalista Karina Manarin, que a migração de Carlos ainda não estava definida. “Não tem nenhum acordo fechado. Foi aventado do Carlos Bolsonaro ir para o Espírito Santo, para Roraima ou para Santa Catarina. Não tem nada definitivo”.

Em entrevista recente à Jovem Pan, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou que Carlos já se mudou para Santa Catarina. São José, na Grande Florianópolis, teria sido o município escolhido por ele.

A união das bandeiras de Santa Catarina e do Brasil em ações de marketing de Carlos Bolsonaro chamaram a atenção nas redes sociais.União das bandeiras de Santa Catarina e do Brasil em ações de marketing de Carlos Bolsonaro chamaram a atenção. (Foto: Reprodução/Instagram Carlos Bolsonaro)

A candidatura do filho 02 do ex-presidente já vinha sendo confirmada por Jair Bolsonaro. No mês de junho, durante entrevista ao portal Metrópoles, ele disse ter alinhado a escolha com o governador Jorginho Mello. “Falei ao Jorginho que serão duas vagas ao Senado: ‘uma para você e outra para mim’. A minha indicação ficou com o Carlos Bolsonaro”.

A regra da Justiça Eleitoral brasileira é que os políticos podem disputar eleição por outro estado desde que transfiram o título de eleitor com antecedência mínima de seis meses, comprovem domicílio e apresentem vínculo legítimo com o novo estado — seja por residência, trabalho ou atuação pública.

Fiesc critica candidatura enquanto pesquisa mostra liderança do filho de Bolsonaro

Nem todas as reações à possível migração de Carlos Bolsonaro a Santa Catarina têm sido positivas. A Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) se manifestou contrária à candidatura do filho do ex-presidente, com a declaração de que o estado não precisa “importar candidato” e defendendo que as lideranças locais são “preparadas e legítimas”.

Essa resistência, porém, não parece afetar as intenções de voto dos eleitores catarinenses. De acordo com uma pesquisa da Real Time Big Data, encomendada pela Record, Carlos Bolsonaro lidera a preferência entre eleitores do estado, com 45% das intenções de voto ao cargo, seguido por Carol De Toni (33%) e pelo atual senador Espiridião Amin (PP), com 21%. O levantamento ouviu 1,2 mil eleitores nos dias 2 e 3 de setembro, com margem de erro de três pontos percentuais e nível de confiança de 95%.

A trajetória política de Carlos, que é vereador pelo Rio de Janeiro há 25 anos, ajuda a explicar essa popularidade. Ele é apontado pelo pai como um dos principais responsáveis pela vitória presidencial de 2018, graças à atuação dele em marketing digital.

A Gazeta do Povo tentou contato com ele via assessoria de imprensa, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Em julho, Carlos visitou a deputada federal por Santa Catarina, Carol de Toni (PL-SC), elogiou o trabalho dela e se colocou à disposição para “aprender e dividir vivências”.

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Pressão cresce sobre Jorginho Mello para definição de chapa em 2026

A pressão sobre o governador e presidente do PL em Santa Catarina, Jorginho Mello, tende a crescer. Considerado peça-chave para a definição da chapa de 2026, ele chegou a se referir a De Toni como “minha senadora” em fevereiro e, em junho, demonstrou abertura para a entrada de Carlos no cenário catarinense. Dois meses depois, adotou discurso mais evasivo, sugerindo que o 02 da família Bolsonaro poderia concorrer pelo Espírito Santo ou até por Roraima.

Dentro do PL, há quem defenda que Carlos busque o Senado em São Paulo, ocupando a vaga do irmão Eduardo, que segue nos Estados Unidos sem previsão de retorno. Michelle Bolsonaro, do PL Mulher, também já se posicionou dizendo que De Toni é uma das candidatas favoritas ao Senado em 2026, e Carlos deveria considerar outro estado para a disputa.

Carol De Toni, por sua vez, admitiu em junho, durante entrevista à Rádio Cidade FM, que Carlos teria grande força em Santa Catarina. “Com Bolsonaro na urna, a tendência é que ele seja o mais votado por aqui”, comentou.

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