Líder do PT diz PL da anistia foi enterrado
Últimas atualizações em 23/09/2025 – 10:53 Por Gazeta do Povo | Feed
O líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), fez diferentes declarações na segunda-feira (22) e disse que a possibilidade de votação do projeto de lei de revisão de penas relatado por Paulinho da Força (Solidariedade-SP) ou a discussão da anistia “foi enterrada” no Congresso.
Entre as justificativas estariam, as manifestações registradas no domingo (21) somada às novas sanções do governo americano aplicadas na segunda. “Falo sem medo de errar, só resta uma coisa ao presidente da Câmara Hugo Motta, retirar de vez esse assunto da anistia [da pauta] porque os bolsonaristas tinham um discurso, que só besta para acreditar”, disse em vídeo ao se referir à proposta de pacificação do país.
O líder do PT disse ainda que a iniciativa da anistia também perdeu o propósito depois de os Estados Unidos aplicarem novas sanções da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras. As medidas atingiram Viviane Barci de Moraes, esposa do ministro Alexandre de Moraes, e resultaram ainda no cancelamento de vistos de autoridades, incluindo o advogado-geral da União, Jorge Messias.
Para Lindbergh, “qualquer discussão de revisão de penas [ou da anistia] a partir desse novo ataque perdeu o sentido”. Ele também confirmou que a pauta da Câmara será trancada a partir desta terça-feira (23) por um projeto do Executivo sobre licenciamento ambiental, em regime de urgência constitucional.
O deputado do PT avaliou que o tema da anistia “esfriou completamente” e disse esperar convencer os líderes partidários a priorizar pautas de maior apelo popular. Ele também criticou a condução do debate pelo relator, lembrando que o processo começou com reuniões envolvendo Michel Temer (MDB) e Aécio Neves (PSDB-MG) para tratar de “um assunto tão delicado”.
O ex-presidente Michel Temer também se manifestou sobre os efeitos das sanções no andamento do projeto. Em entrevista à GloboNews, afirmou que “o último gesto foi bastante agressivo” e que a situação exige repensar os rumos da proposta.
Temer, que vem atuando como conselheiro político de Paulinho da Força em um projeto paralelo à anistia, disse que o cenário mudou e que é preciso “deixar a poeira assentar” antes de retomar a discussão. “Da forma como estavam conduzindo, as coisas fluíam bem. Agora é necessário reavaliar”, declarou. A proposta que Paulinho da Força quer construir, no entanto, desagrada situação e oposição. Paulinho fala em diminuir a dosimetria da pena e que uma anistia ampla, geral e irrestrita, como pretende aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estaria descartada.
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