Tarcísio superaria Lula em 2º turno

Pesquisa AtlasIntel/Bloomberg divulgada nesta quinta-feira (28) mostra que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparecem tecnicamente empatados na disputa presidencial, em primeiro e segundo turnos, caso a eleição ocorresse hoje.

O petista também foi testado contra outros possíveis adversários. Em um confronto direto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), Lula aparece em vantagem no primeiro turno, mas isso se inverte no segundo turno. Já em disputa com Michelle Bolsonaro (PL), o resultado é melhor para o petista, embora haja um empate técnico no segundo turno.

Contra Romeu Zema (Novo), Lula teria vantagem confortável, cenário semelhante ao que ocorre diante de Ronaldo Caiado (União) e Ratinho Jr. (PSD). O presidente, porém, alcança sua maior distância quando o adversário é Eduardo Leite (PSD), governador do Rio Grande do Sul, que registra desempenho bem abaixo no comparativo.

Pesquisa AtlasIntel mostra que primeiro turno com Bolsonaro seria de empate

O levantamento incluiu os mesmos nomes que participaram do pleito de 2022. Entre eles, Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB) registraram desempenho inferior. A pesquisa também apontou pequena parcela de eleitores indecisos, além de votos brancos e nulos.

Apesar de constar no estudo, Bolsonaro está impedido de concorrer até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A pesquisa fez o seguinte questionamento: Se as eleições presidenciais fossem acontecer neste próximo domingo e se os candidatos fossem os mesmos de 2022, inclusive Lula e Bolsonaro, em quem você votaria? Veja o resultado a seguir.

Cenário 1: Primeiro turno com candidatos de 2022

• Bolsonaro (PL): 45,4%
• Lula (PT): 44,6%
• Ciro Gomes (PDT): 3,7%
• Simone Tebet (MDB): 1,8%
• Outro candidato de 2022: 1,6%
• branco/nulo: 1,9%
• não sei: 1%

A maioria de eleitores de Lula são mulheres (52%) e de Bolsonaro são homens (49,5%). A maioria dos apoiadores do petista possui ensino fundamental apenas (49,7%). Já a maioria dos eleitores de Bolsonaro tem ensino médio (52,8%). Quanto à idade, a maioria dos que votam em Lula tem mais de 60 anos (60,1%). Os que preferem Bolsonaro tem entre 25 e 34 anos (46,9%). Bolsonaro lidera entre os que se afirmam evangélicos (65,9%) e Lula entre os que se dizem crentes sem religião (51,9%).

A pesquisa apontou duas opções de primeiro turno, com Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Michelle Bolsonaro (PL). Se esses fossem os candidatos, em quem você votaria nas próximas eleições para presidente? Veja o resultado a seguir:

Cenário 1: Primeiro turno com Tarcísio de Freitas

• Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 44,1%
• Tarcísio de Freitas (Republicanos): 31,8%
• Romeu Zema (Novo): 4,4%
• Não sei/branco/nulo: 4,2%
• Ratinho Jr. (PSD): 4%
• Pablo Marçal (PRTB): 3,6%
• Ciro Gomes (PDT): 3,4%
• Ronaldo Caiado (União): 3,2%
• Eduardo Leite (PSD): 1,4%

Lula possui maior eleitorado entre as mulheres (50,6%) e Tarcísio entre os homens (36,8%). Quanto ao grau escolar, Lula tem maioria entre aqueles com ensino fundamental (49,6%) e Tarcísio entre os que possuem ensino médio (40,2%). O presidente petista possui maioria entre eleitores acima de 60 anos (62%). O governador paulista tem maioria de eleitores entre 25 e 44 anos (37,4%). Eleitores de Lula ficam na maioria entre os católicos (50,9%) e os de Tarcísio entre os evangélicos (43%).

Cenário 2: Primeiro turno com Michelle Bolsonaro

• Luiz Inácio Lula da Silva (PT): 44,2%
• Michelle Bolsonaro (PL): 29,7%
• Romeu Zema (Novo): 7,1%
• Ratinho Jr. (PSD): 5,2%
• Ciro Gomes (PDT): 4,5%
• Ronaldo Caiado (União): 4,3%
• Não sei/branco/nulo: 2,2%
• Pablo Marçal (PRTB): 1,8%
• Eduardo Leite (PSD): 1,1%

Lula e Michelle tem maior público eleitor entre as mulheres, 50,7% e 30,3% respectivamente. Eleitores de Lula, em sua maioria, possuem ensino fundamental (49,6%) e de Michelle ensino médio (34,2%). Michelle tem mais popularidade entre o público de 25 a 35 anos (40,1%) e Lula entre aqueles acima de 60 anos (62,3%). Lula possui maior público católico (51,2%) e Michelle a maioria evangélica (46,3%).

Lula seria superado por Tarcísio em eventual 2º turno, diz pesquisa

Em um eventual segundo turno, o presidente Lula, apesar da vantagem em primeiro turno, teria dificuldades para vencer Michelle Bolsonaro no segundo turno. O petista seria superado por Tarcísio de Freitas e empataria com Jair Bolsonaro.

O levantamento fez o seguinte questionamento: Em um eventual segundo turno nas próximas eleições para Presidente da República em 2026, como você votaria em cada um dos seguintes cenários? Veja o resultado a seguir:

Intenção de voto para presidente: 2º Turno

• Lula (PT) 46,6 e 48,4% Tarcísio de Freitas (Republicanos)
  Brancos, Nulos, Não sei: 5%
• Lula (PT) 48,8% e 47,9% Michelle Bolsonaro (PL)
  Brancos, Nulos, Não sei: 5,39%
• Lula (PT) 48,3% e 48,3% Jair Bolsonaro (PL)
  Brancos, Nulos, Não sei: 5,49%
• Lula (PT) 47,1% e 40,9% Romeu Zema (Novo)
  Brancos, Nulos, Não sei: 12%
• Lula (PT) 46,7% e 40,3% Ronaldo Caiado (União Brasil)
  Brancos, Nulos, Não sei: 13%
• Lula (PT) 46,9% e 41,1% Ratinho Junior (PSD)
  Brancos, Nulos, Não sei: 11,9%
• Lula (PT) 47,2% e 24,9% Eduardo Leite (PSD)
  Brancos, Nulos, Não sei: 27,9%

Metodologia: A pesquisa AtlasIntel/Bloomberg entrevistou online 6.238 eleitores de 20 a 25 de agosto de 2025. A margem de erro é de 1 ponto percentual para mais ou para menos e o nível de confiança da margem de erro é de 95%.

Por que a Gazeta do Povo publica pesquisas eleitorais

A Gazeta do Povo publica há anos todas as pesquisas de intenção de voto realizadas pelos principais institutos de opinião pública do país. As pesquisas de intenção de voto fazem uma leitura de momento, com base em amostras representativas da população. 

Métodos de entrevistas, composição e número da amostra e até mesmo a forma como uma pergunta é feita são fatores que podem influenciar no resultado. Por isso é importante ficar atento às informações de metodologias, encontradas no fim das matérias da Gazeta do Povo sobre pesquisas eleitorais. 

Pesquisas publicadas nas eleições de 2022, por exemplo, apontaram discrepâncias relevantes em relação ao resultado apresentado na urna. Feitos esses apontamentos, a Gazeta do Povo considera que as pesquisas eleitorais, longe de serem uma previsão do resultado das eleições, são uma ferramenta de informação à disposição do leitor, já que os resultados divulgados têm potencial de influenciar decisões de partidos, de lideranças políticas e até mesmo os humores do mercado financeiro.