senador da oposição quer ouvir ex-ministros de Lula e entidades

Últimas atualizações em 23/08/2025 – 11:59 Por Gazeta do Povo | Feed

O senador oposicionista Izalci Lucas (PL-DF) protocolou quase a metade dos requerimentos já apresentados à CPMI da fraude do INSS, que investiga desvios bilionários em benefícios previdenciários, mirando principalmente ministros e ex-ministros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dirigentes das entidades citadas na investigação. Ele propôs cerca de 330 solicitações das quase 800 registradas no colegiado até a noite de sexta (22).

Izalci afirma que o objetivo é convocar todos os envolvidos e até aqueles que não aparecem diretamente no escândalo. Embora seja da oposição e mire pessoas ligadas ao governo, o parlamentar diz que não haverá restrição política ou partidária nas apurações.

“Fiz todo o organograma dessa quadrilha que assaltou os velhinhos, e aí estou chamando todo mundo”, declarou em entrevista à Folha de S. Paulo publicada neste sábado (23).

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Entre os requerimentos, estão pedidos de quebra de sigilo de empresas e entidades suspeitas, convocações de ex-presidentes do INSS, dirigentes de associações e até de ex e atuais ministros do governo Lula. Também foram enviados pedidos de informações para a Polícia Federal e para o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Izalci Lucas afirma que a oposição pretende dar transparência total à investigação. Para ele, a convocação de todos os citados no caso é fundamental para esclarecer a rede de fraudes e recuperar a confiança da população.

“Quem está errado tem que pagar, entendeu? Não tem essa seletividade que a esquerda faz”, afirmou.

O senador argumenta que até mesmo nomes sem ligação comprovada com a fraude devem ser chamados, e que não terá uma seleção de a pessoa “é direita, se é esquerda, se é do governo passado, se não é”.

“Esse é o motivo de tanto requerimento. Porque eu peguei todas as operações, as empresas que são utilizadas como lavagem de dinheiro, estou pegando também a quebra de sigilo das empresas, dessa turma toda, para a gente poder realmente passar isso a limpo”, completou.

A CPMI teve uma reviravolta nesta semana após a oposição conquistar impor uma dupla derrota ao governo. Em votação apertada, o colegiado elegeu por 17 votos a 14 o senador Carlos Viana (Podemos-MG) como presidente, derrotando Omar Aziz (PSD-AM), indicado do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Com a presidência da comissão, Viana derrubou a indicação do relator governista Ricardo Ayres (Republicanos-TO) e nomeou o deputado Alfredo Gaspar (União-AL), ex-integrante do Ministério Público, com histórico em investigações.

Ao assumir o comando, Viana garantiu que a comissão não será usada como instrumento político para atacar o governo, mas sim para apurar responsabilidades e criar medidas preventivas.

“Não há este governo, governo anterior, não há aqui qualquer desejo de prejudicar a quem quer que seja. Está aqui um presidente eleito que quer esclarecer o que aconteceu, pedir a punição dos culpados e, principalmente, gerar novos projetos e políticas que não permitam a repetição de um momento tão vergonhoso para o Brasil como o desvio de dinheiro de aposentados e pensionistas”, afirmou.

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