maioria dos brasileiros vê Eduardo atuando por interesses da família
Últimas atualizações em 20/08/2025 – 09:36 Por Gazeta do Povo | Feed
A nova rodada da pesquisa Quaest divulgada nesta quarta (20) traz um recorte inédito sobre a percepção dos brasileiros com a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) para articular sanções contra o Brasil por conta do andamento do processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no Supremo Tribunal Federal (STF).
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos desde março em contato com autoridades americanas para impor penalidades ao país, como o tarifaço de 50% aos produtos exportados para lá, o cancelamento de vistos de membros do governo e ministros do STF e a sanção da Lei Magnitsky a Alexandre de Moraes. Para a maioria dos brasileiros, o parlamentar atua em favor da própria família, e não do Brasil:
- Interesses próprios dele e da família Bolsonaro: 69%;
- Interesses do Brasil: 23%;
- Não sabe/não respondeu: 8%.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios brasileiros entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
VEJA TAMBÉM:
-
Desaprovação de Lula diminui com queda nos preços dos alimentos, mas ainda supera aprovação
A atuação por interesses própria e da família é vista principalmente por eleitores lulistas (92%), de esquerda (95%) e sem posicionamento político (78%). Já entre os apoiadores de Bolsonaro, a percepção é menor (29%), e entre os de direita (44%). Para estes grupos, 65% e 48%, respectivamente, veem a articulação de Eduardo Bolsonaro como por interesses do país.
A possibilidade de que a atuação de Eduardo junto a membros do governo dos Estados Unidos consiga reverter a inelegibilidade de Bolsonaro teve um aumento expressivo desde a pesquisa realizada no mês passado, em meio ao recrudescimento das sanções ao Brasil – de 31% para 36%. Já os que não veem essa possibilidade caíram de 59% para 55%.
A Quaest também apontou que a atitude de Trump em impor o tarifaço ao Brasil por perseguição a Bolsonaro é certa para 21% dos entrevistados, com um aumento de dois pontos percentuais dessa percepção na comparação com a pesquisa de julho. Outros 71% veem como errada (ante 72%).
No entanto, apenas eleitores apoiadores de Bolsonaro concordam com o tarifaço motivado por perseguição ao ex-presidente (54%). Nos demais grupos pesquisados, a percepção maior é de que Trump está errado ao sobretaxar os produtos brasileiros:

Para 51% dos entrevistados, as tarifas foram impostas por Trump por interesses políticos, 23% por interesses comerciais americanos, 2% por motivos pessoais do presidente dos Estados Unidos e 2% por outros motivos.
A pesquisa também apontou que 77% dos entrevistados acreditam que terão a vida afetada pelo tarifaço (20% que não), 64% que o preço dos alimentos vai aumentar (18% vai diminuir e 13% se manter), e 67% acreditam que o Brasil deve negociar com os Estados Unidos – 26% são mais favoráveis a uma retaliação, com a taxação de produtos importados do país norte-americano.
Ainda segundo a Quaest, 48% acreditam que o governo e o PT estão tomando as atitudes mais certas neste embate – de tentar negociar –, enquanto que 28% veem uma atuação mais forte do grupo político de Bolsonaro; 48% acreditam que Lula vai conseguir chegar a um acordo (45% não veem essa possibilidade); e 49% afirmam que o petista está agindo em defesa do Brasil, enquanto que 41% acreditam que ele está aproveitando a situação para se promover.
Gazeta do Povo
Sob a licença da Creative Commons (CC) Feed
Redes Sociais:
https://www.facebook.com/www.redegni.com.br/
https://www.instagram.com/redegnioficial/
https://gettr.com/user/redegni
https://x.com/redegni