Desaprovação de Lula diminui, mas ainda supera aprovação
Últimas atualizações em 20/08/2025 – 08:50 Por Gazeta do Povo | Feed
A desaprovação ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve uma leve redução em agosto de acordo com a nova pesquisa da Quaest divulgada nesta quarta (20). O levantamento aponta que 51% dos brasileiros avaliam negativamente o petista, enquanto que 46% o aprovam. Ambos os números tiveram uma variação de 2 pontos percentuais na comparação com a pesquisa anterior, de julho, que é a indicação da margem de erro deste levantamento:
- Aprovação: 46%, ante 43% em julho;
- Desaprovação: 51%, ante 53%;
- Não sabe/não respondeu: 3%, ante 4%.
“A melhora na aprovação do governo Lula em agosto resulta da combinação de fatores econômicos e políticos. De um lado, a percepção de queda no preço dos alimentos trouxe alívio às famílias e reduziu a pressão sobre o custo de vida. Do outro, a postura firme de Lula diante do tarifaço imposto por Donald Trump foi vista como sinal de liderança e defesa dos interesses nacionais”, avalia o pesquisador Felipe Nunes, CEO da Quaest, em entrevista ao G1.
A Quaest ouviu 2.004 pessoas em 120 municípios brasileiros entre os dias 13 e 17 de agosto. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
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Quando os dados de aprovação e desaprovação são detalhados, a aprovação de Lula supera a margem de erro e tem um ganho real na comparação com a avaliação negativa e com os dados levantados em julho:
- Positivo: 31%, ante 28% em julho;
- Negativo: 39%, ante 40%;
- Regular: 27%;
- Não sabe/não respondeu: 3%.
Os maiores ganhos na aprovação de Lula ocorreram nas regiões Nordeste e no Centro-Oeste, enquanto que a desaprovação teve uma queda tímida nos estados do Sudeste e Sul:

Entre os principais estados pesquisados, a desaprovação é maior em São Paulo (65%), Minas Gerais (59%), Rio de Janeiro (62%), Paraná (64%); Rio Grande do Sul (62%) e Goiás (66%). Já a aprovação é maior apenas na Bahia (60%) e em Pernambuco (62%).
Apesar da melhora da avaliação positiva, a maioria dos brasileiros (57%) ainda acredita que Lula conduz o governo na direção “errada”, enquanto que 36% consideram como “certa”. Os entrevistados sem um posicionamento político – ou seja, não apoiam Lula e nem o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – se mostram pessimistas (61%) com a direção do país, enquanto que apenas 29% veem como “certa”.
Comparação com Bolsonaro
De acordo com os brasileiros ouvidos pela Quaest, em números gerais, o governo Lula está sendo “melhor” do que o de Bolsonaro, com uma inversão de valores entre a pesquisa de maio e esta de agosto:
- Melhor: 43%, ante 40% em maio;
- Pior: 38%, ante 44%;
- Igual: 16%;
- Não sabe/não respondeu: 3%.
No entanto, ao se detalhar os dados desta pesquisa comparativa, a polarização política persiste entre os apoiadores de Lula e de Bolsonaro:

Melhora da economia
A queda da desaprovação de Lula, conforme pontuado por Felipe Nunes, se deu por conta da percepção de melhora da economia brasileira com a queda nos preços dos alimentos e a reação do governo ao tarifaço de 50% imposto pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Com relação aos alimentos, 18% dos entrevistados afirmam ter sentido uma redução dos preços nos supermercados, mas 60% ainda afirmam que subiram no último mês – eram 8% e 76%, respectivamente, na pesquisa de julho.
Os brasileiros também sentiram um maior poder de compra (16%) na comparação com um ano atrás, mas 70% ainda veem como menor. E 55% veem o cenário atual como mais difícil de conseguir um emprego, enquanto que 34% veem como mais fácil.
Em uma percepção geral, a economia brasileira piorou nos últimos 12 meses para 46% dos entrevistados, enquanto que 22% veem uma melhora. Outros 30% sentem que ficou do mesmo jeito:

A sensação de piora nos últimos 12 meses subiu principalmente no Sudeste (49%, ante 44% em julho) e no Sul (60%, ante 54%). Já no Nordeste houve uma percepção de melhora para 30% dos entrevistados, e de 22% para os moradores do Centro-Oeste e Norte.
Já para os próximos 12 meses, os entrevistados se dividem e 40% veem expectativa de melhora da economia – mas o mesmo percentual é mais pessimista, para uma piora. Outros 17% acreditam que ficará do mesmo jeito.
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