“Estamos assistindo”, Jason Miller sobre entrevista de Moraes
Últimas atualizações em 18/08/2025 – 13:07 Por Gazeta do Povo | Feed
O estrategista de campanha eleitoral do presidente Donald Trump, Jason Miller, reagiu a uma entrevista concedida pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes, nesta segunda-feira (18), ao Washington Post, onde desafiou as sanções impostas pelos EUA.
“Não se preocupe. Estamos assistindo”, disse Miller como resposta a uma publicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março de 2025.
Não é a primeira vez que o estrategista eleitoral de Trump cita Moraes, que já foi detido no Brasil por ordem do próprio ministro. No último dia 10 Jason Miller havia posto como objetivo lutar pela “liberdade do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro”(PL), que está em prisão domiciliar.
“Para deixar claro, não vou parar, não vou desistir, nunca vou desistir até que o presidente Jair Bolsonaro esteja livre”, escreveu em seu perfil no X.
Ainda no último dia 10, Miller havia compartilhado a notícia, publicada pelo O Globo de que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) no Brasil estariam “apavorados” com a Lei Magnitsky — aplicada em Moraes no dia 30 de julho.
Somada a divulgação da notícia, ele escreveu “libertem Bolsonaro… ou então”. A curta postagem foi encerrada com emoji de um alvo, indicando que os demais ministros estariam na mira da Lei Magnitsky.
Entrevista de Moraes ao Post
Nesta segunda, Moraes, além de desafiar as sanções impostas pelos EUA à ele, reiterou na entrevista que seguirá conduzindo os processos contra Jair Bolsonaro e seus apoiadores, sem abrir espaço para recuos. ““Não existe a menor possibilidade de recuar nem um milímetro”, disse.
“Receberemos a acusação, analisaremos as provas, e quem tiver que ser condenado será condenado; quem tiver que ser absolvido será absolvido”, afirmou.
Na entrevista, Moraes minimizou as restrições, disse estar atuando para “defender a democracia do Brasil” e que “não há como recuar do que devemos fazer. Digo isso com completa tranquilidade”.
Segundo o Washington Post, Moraes, “empoderado pelo Supremo Tribunal Federal para investigar ameaças digitais, verbais e físicas contra a ordem democrática no Brasil, tornou-se uma autoridade nacional por conta própria, bem como uma figura única no cenário global: um xerife da democracia.”
O jornal lembrou que Moraes suspendeu plataformas de redes sociais no Brasil – como o X, o que o levou a um embate contra Elon Musk, dono da plataforma, que chegou a chamá-lo de “Darth Vader do Brasil”. A entrevista também citou que o ministro ordenou a prisão de parlamentares e o afastamento do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), após os atos de 8 de janeiro de 2023.
Miller também já comentou situações da política brasileira
Na última quinta-feira (7), o ex-assessor comparou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao ex-presidente dos Estados Unidos Joe Biden e disse que o petista teria “cérebro de banana amassada”.
A reação surgiu após publicação de uma entrevista de Lula à agência Reuters. “No dia em que minha intuição disser que Trump está pronto para conversar, não hesitarei em ligar para ele”, disse Lula à agência, de Brasília.
Após a repercussão da fala, Miller escreveu no X que “Lula é o Biden dos trópicos”, em referência aos questionamentos sobre a saúde física e mental de Biden durante o mandato que encerrou ano passado.
Já em 22 de julho, Miller criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes que proibiu o ex-presidente Jair Bolsonaro de conceder entrevistas que fossem divulgadas nas redes sociais.
Ao compartilhar uma nota do tribunal superior brasileiro, Miller declarou que a ação seria inacreditável. “Alexandre de Moraes NOVAMENTE leva todo o ‘crédito’ pela perseguição política contra o presidente Jair Bolsonaro. Moraes quer que o mundo inteiro saiba que ELE governa o Brasil, não Lula”, escreveu o norte-americano.
Jason Miller foi detido por ordem de Moraes
Considerado o braço direito do presidente Trump, Jason Miller tem acompanhado a situação da política brasileira nos últimos anos e chegou a ser detido no Brasil, em 2021, por ordem de Moraes.
O empresário, que estava no aeroporto de Brasília na ocasião, foi conduzido para prestar depoimento à Polícia Federal (PF) no âmbito do inquérito dos atos antidemocráticos, o mesmo que investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O estrategista de campanha de Donald Trump permaneceu em silêncio. Em seguida, teve o retorno aos Estados Unidos liberado.
*Conteúdo em atualização
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