Trump troca cessar fogo imediato por acordo de paz definitivo
Últimas atualizações em 16/08/2025 – 14:16 Por Gazeta do Povo | Feed
Um dia após ter se reunido em cúpula no Alasca com o ditador russo, Vladimir Putin, o presidente americano, Donald Trump, sinalizou uma mudança na retórica apontando a troca de um “cessar-fogo imediato” por um “acordo de paz” para encerrar de maneira definitiva a guerra na Ucrânia.
Em postagem em sua rede social, a Truth Social, o republicano, que havia dito antes da cúpula que desejava “ver um cessar-fogo rapidamente” para que “a matança cessasse”, afirmou que agora o objetivo é o fim total da guerra.
“Todos concordaram que a melhor maneira de pôr fim à horrenda guerra entre Rússia e Ucrânia é chegar diretamente a um Acordo de Paz, que terminaria a guerra, e não a um simples Acordo de Cessar-Fogo, que muitas vezes não se sustenta”, escreveu Trump neste sábado (16).
O chefe da Casa Branca também celebrou o “grande e muito bem-sucedido dia no Alasca” e confirmou que se reuniria com Zelensky em Washington na segunda-feira (18), depois do que adiantou que, “se tudo der certo”, programará uma cúpula trilateral que inclua Putin.
“Potencialmente, as vidas de milhões de pessoas serão salvas”, concluiu.
A esperada reunião entre Trump e Putin nesta sexta-feira em uma base militar em Anchorage, no Alasca, terminou sem um acordo para um cessar-fogo na Ucrânia, mas ambos os líderes manifestaram sua sintonia e o americano classificou as conversas como “extremamente produtivas”.
Por sua vez, o presidente ucraniano expressou seu apoio neste sábado à proposta de seu homólogo americano de realizar uma reunião a trilateral com Putin e confirmou sua viagem a Washington na segunda-feira para tratar com o americano de “todos os detalhes” do eventual processo de paz.
Aliados terão reunião virtual antes da visita de Zelensky a Trump
Os países aliados da Ucrânia, da denominada Coalizão dos Dispostos se reunirão neste domingo por videoconferência, antes da visita de Zelensky a Trump.
A reunião será realizada às 10h de Brasília, de acordo com a imprensa francesa.
Como de costume, a reunião será copresidida pelo presidente francês, Emmanuel Macron, pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e pelo chanceler alemão, Friedrich Merz.
Neste sábado pela manhã, ao comentar os resultados de suas conversas com outros líderes após o encontro no Alasca entre Trump e Putin, Macron já havia adiantado que uma nova reunião dos aliados da Ucrânia seria convocada em breve.
O objetivo da convocação seria, segundo explicou em postagem no X, “avançar de forma concreta” nas garantias de segurança para Kiev.
“Será essencial tirar todas as lições dos últimos 30 anos, e em particular a propensão bem estabelecida da Rússia a não cumprir seus próprios compromissos”, afirmou Macron, além de defender a manutenção da pressão sobre Moscou enquanto não houver um cessar-fogo.
Os parceiros da Coalizão dos Dispostos, que inclui principalmente países europeus, mas também outros, como o Canadá, têm em particular sobre a mesa a questão de um potencial envio de tropas para criar uma espécie de força de reafirmação.
Isso porque, sem garantias de segurança “inabaláveis”, não é possível uma “paz sólida e duradoura, respeitosa com os direitos da Ucrânia”, reiterou Macron nesta manhã.
Gazeta do Povo
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