eleições de 2026 sem Bolsonaro podem não ser reconhecidas pelos EUA
Últimas atualizações em 16/08/2025 – 06:37 Por Gazeta do Povo | Feed
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta sexta (15) que as eleições presidenciais de 2026 podem não ser reconhecidas pelos Estados Unidos se o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não for candidato. A declaração ocorreu no mesmo dia em que o ministro Cristiano Zanin, que preside a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), marcou o início do julgamento de Bolsonaro para o dia 2 de setembro no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após a eleição de 2022.
Flávio acusou o ministro Alexandre de Moraes, relator do processo do alegado golpe, de “torturar a legislação” e “inventar crimes” para buscar condenações, afirmando que o ministro age “com base apenas em narrativas”. Segundo ele, outros ministros da Corte reconhecem que o magistrado “foi longe demais”.
“Se as eleições de 2026 ocorrerem sem o presidente Bolsonaro, nós temos, sim, um previsível e trágico destino de a eleição aqui não ser sequer reconhecida pelos Estados Unidos”, disse o senador em um evento no Rio de Janeiro ao lado do governador Cláudio Castro (PL-RJ).
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Flávio Bolsonaro ainda chamou Moraes de “ditador” e defendeu o projeto de lei da anistia ampla, geral e irrestrita como “única saída honrosa” para o país. Ele ainda acusou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de usar Bolsonaro como “bode expiatório” para encobrir falhas, especialmente na política externa.
“A gente tem que parar de proteger aquele que tá destruindo a democracia a pretexto de preservá-la e voltar a focar nos problemas reais do nosso Brasil. Porque o problema do Brasil não é Bolsonaro. O problema do Brasil é comida cara, é a dificuldade de geração de bons empregos, é a insegurança pública generalizada, a proliferação do crime organizado, coisas que a população cobra de nós e nós temos a obrigação de dar uma resposta”, completou.
O senador disse que Bolsonaro é alvo de “perseguição injusta” e tratado de forma “mais severa que traficantes perigosos”, o que, na visão dele, compromete o Estado de Direito.
Flávio Bolsonaro também criticou a inclusão do pastor Silas Malafaia em um inquérito conduzido por Moraes, classificando a medida como “vingança” e alegando que foi feita “sem ouvir o Ministério Público”. Na sua avaliação, o país “só voltará a respirar novos ares sem Alexandre de Moraes” no comando de investigações.
Castro também saiu em defesa de Bolsonaro junto do senador, afirmando que não desistirá “enquanto ele não estiver andando pelas ruas novamente”. Para o governador, o ex-presidente tem como diferencial “não ter um ato de corrupção em seu nome” e “cumprir todas as audiências” durante a liberdade provisória.
“Ninguém que tá em liberdade é proibido de fazer muitas coisas que ele era. E depois, uma decisão que pegou todos de surpresa, porque o filho fez um vídeo com ele. Então, a gente acha que o Brasil precisa de um realinhamento institucional”, afirmou.
Sobre a prisão domiciliar do pai, Flávio afirmou que Bolsonaro “encara com serenidade” a situação, embora considere a medida “uma humilhação injusta”. Segundo ele, o ex-presidente não pode ser acusado de “ter desviado um centavo” e concluiu o mandato dando o exemplo.
O senador declarou ter confiança de que Bolsonaro “voltará muito em breve às ruas” e será candidato à presidência em 2026.
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