Governo Lula firma acordos com Rússia e China

Últimas atualizações em 11/08/2025 – 13:01 Por Gazeta do Povo | Feed

O Ministério da Fazenda oficializou, nesta segunda-feira (11), dois memorandos que firmam novas alianças com a Rússia e a China. Os documentos criam mecanismos permanentes para diálogo econômico e financeiro. Com os entendimentos, Brasil e parceiros reforçam atuação conjunta em fóruns multilaterais, como Brics e G20. Além disso, os textos preveem avanços em infraestrutura e projetos ambientais.

O ministro Fernando Haddad e o ministro das Finanças da Rússia, Anton Siluanov, assinaram o documento que cria o Diálogo Econômico e Financeiro bilateral. O canal garante comunicação estável entre os ministérios.

O memorando define sete áreas prioritárias:

  • políticas macroeconômicas;
  • enfrentamento de desafios e reformas;
  • cooperação tributária;
  • financiamento de infraestrutura;
  • novas oportunidades bilaterais;
  • atuação conjunta em fóruns multilaterais;
  • outros temas de interesse mútuo.

O texto não cria obrigações jurídicas nem compromissos financeiros compulsórios. Cada país assumirá seus custos e manterá a confidencialidade das informações, salvo autorização expressa.

Brasil e Rússia estabelecem diálogo econômico e financeiro permanente para ampliar cooperação em infraestrutura, políticas macroeconômicas e fóruns multilaterais. (Foto: Ricardo Stuckert/Agência Brasil)

Alianças com Rússia e China ampliam agenda econômica e ambiental

O ministro Fernando Haddad e o ministro chinês das Finanças, Lan Fo’an, assinaram memorando que atualiza entendimentos anteriores, de 2024 a maio de 2025. O novo documento incorpora iniciativas adicionais e consolida projetos em andamento.

O Brasil incluiu no texto a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Plano de Transformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana. Já a China incorporou a Iniciativa Cinturão e Rota.

O entendimento prevê ampliar projetos conjuntos, elevar o nível de cooperação econômica e impulsionar integração regional sustentável. Além disso, reafirma a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban) como principal instância de coordenação.

O texto também destaca a cooperação em finanças e o apoio chinês ao Fundo Florestas Tropicais para Sempre. A iniciativa brasileira foca na preservação ambiental e terá impacto esperado na COP30. Além disso, reforça que países desenvolvidos devem contribuir para mecanismos de proteção das florestas tropicais.

Assim como no acordo com a Rússia, o memorando com a China não cria obrigações legais. O documento fixa diretrizes políticas para áreas estratégicas de cooperação.

EUA questionam influência chinesa no agronegócio brasileiro

Enquanto o Brasil oficializa acordos estratégicos com Rússia e China para ampliar diálogo econômico e projetos conjuntos, o governo dos Estados Unidos sinaliza uma investigação sobre os investimentos da China no setor agrícola do Brasil. A apuração, prevista na proposta do Intelligence Authorization Act para 2026, que para o Estado americano começa no dia 1º de outubro de 2025, avalia o impacto desses aportes na cadeia global de suprimentos e na segurança alimentar.

O texto, aprovado pela Comissão de Inteligência do Senado, determina que a diretora nacional de inteligência, Tulsi Gabbard, apresente relatório detalhado em até 90 dias após a promulgação da lei. O estudo analisará o papel do governo chinês e do presidente Xi Jinping nas negociações agrícolas com o Brasil.

Conforme o texto, a investigação deve analisar:

  • A participação ou direção do presidente chinês Xi Jinping nas interações com a liderança brasileira sobre o setor agrícola;
  • O grau de envolvimento do governo chinês no setor agrícola brasileiro;
  • As intenções estratégicas, caso existam, do envolvimento ou orientação de Xi Jinping para investir no agronegócio brasileiro;
  • O número de autoridades chinesas ou entidades controladas pelo governo da China que investiram no setor agrícola do Brasil, incluindo joint ventures com empresas brasileiras;
  • Os impactos desses investimentos ou controle na cadeia de suprimentos, no mercado global e na segurança alimentar.

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