STF tentou sondar EUA sobre sanções, mas fracassou

Últimas atualizações em 09/08/2025 – 17:17 Por Gazeta do Povo | Feed


Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) tentaram estabelecer contato com representantes políticos e acadêmicos nos Estados Unidos para mapear possíveis retaliações do governo norte-americano, mas a iniciativa não obteve sucesso. As informações são da revista Veja.

O movimento ocorreu em meio ao agravamento da crise diplomática provocada por críticas diretas de autoridades americanas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, e pela adoção de sanções contra ele. Ainda de acordo com a revista, os magistrados acionaram interlocutores considerados influentes no meio acadêmico e no Congresso americano, especialmente entre parlamentares republicanos, mas ouviram que poucos têm acesso real aos planos da administração Donald Trump sobre medidas contra o Brasil.

O insucesso na tentativa de aproximação acontece no contexto de uma escalada de tensões. Na quinta-feira (7), o subsecretário para Diplomacia Pública dos EUA, Darren Beattie, publicou mensagem alertando que “os aliados de Moraes no Judiciário e em outras esferas estão avisados” e que Washington está “monitorando a situação de perto”.

O recado foi replicado pela Embaixada dos Estados Unidos no Brasil no mesmo dia em que o vice-presidente Geraldo Alckmin recebeu, em Brasília, o encarregado de negócios da embaixada, Gabriel Escobar. O gesto foi interpretado por aliados de Moraes como um sinal de constrangimento público e de endurecimento da postura americana.

Paralelamente, Moraes foi incluído na lista de sanções da Lei Magnitsky, legislação que prevê suspensão de vistos, bloqueio de bens em território americano e proibição de transações financeiras com autoridades acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos.

A medida atingiu diretamente o ministro e ampliou o desgaste diplomático. Diante do episódio, o Ministério das Relações Exteriores convocou Escobar para prestar esclarecimentos — a terceira convocação somente em 2025. O Itamaraty classificou as publicações e medidas como ingerência indevida em assuntos internos e reafirmou que decisões judiciais no Brasil são matéria de soberania nacional.

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