o capítulo mais sombrio de autoritarismo de Moraes

Últimas atualizações em 09/08/2025 – 08:49 Por Gazeta do Povo | Feed


No programa Última Análise desta quinta-feira (07), os convidados analisaram todas as revelações da reportagem “Vaza Toga 2”, que escancarou como funcionava o gabinete paralelo do ministro Alexandre de Moraes, a partir de servidores do Supremo Tribunal Federal (STF) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Segundo a matéria, o sistema realizava um julgamento prévio dos envolvidos nos atos do Oito de Janeiro, com base em suas ideologias ou preferências políticas, antes mesmo da audiência de custódia. A pressão sobre Moraes, assim, aumenta, e a pauta do impeachment avança.

Enquanto a primeira “Vaza Toga” demonstrou os abusos do ministro a partir da interferência no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o novo capítulo revela que a equipe de Moraes vasculhava redes sociais de investigados para manter prisões com base em publicações muitas vezes anteriores à eleição do presidente Lula em 2022. “É muito mais grave, porque não é o gabinete do ministro Moraes indo além da conta. É um gabinete paralelo dentro do gabinete de Moraes. É um departamento ideológico”, explica o jurista André Marsiglia.

As postagens antigas em redes sociais serviam como um filtro ideológico que sustentava as denúncias. Os conteúdos que exibiam críticas ao STF ou ao governo Lula serviam para embasar a prisão de réus, muitas vezes a partir de simples certidões. “É pior do que uma injustiça: é uma desumanização”, aifirmou Marsiglia.

Em uma mensagem de Whatsapp vazada, por exemplo, a chefe de gabinete de Moraes, Cristina Yukiko Kuzahara, afirmou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) havia pedido a liberdade provisória de detidos, mas explica que o ministro não soltaria antes de verificar se havia algo nas redes sociais.

Pressão sobre Alcolumbre aumenta

Ainda que a oposição demonstre que tem a quantidade suficiente de votos para o impeachment de Moraes, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), diz que não vai liberar a pauta “nem com 81 assinaturas”. A declaração de Alcolumbre foi rebatida pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), que sugeriu que, se o impeachment não for pautado, o próprio presidente enfrentaria um processo semelhante.

“A oposição no Brasil é ruim de articulação. A maior parte dos deputados está preocupada em fazer vídeo, em ter alcance nas redes sociais, mas política é articulação”, criticou a cientista política Júlia Lucy. Ainda, ela afirma que a oposição, até o momento, não foi capaz de divulgar seriamente o que houve na “Vaza Toga 2”, o que pode prejudicar a pauta do impeachment.

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