Uma lista de “amigos” de Lula investigados
Últimas atualizações em 27/07/2025 – 23:50 Por Gazeta do Povo | Feed
Neste mês, o ex-presidente da Argentina Alberto Fernández (2019-2023), antecessor de Javier Milei na Casa Rosada, foi processado pela Justiça do país em um caso envolvendo a contratação irregular de seguros durante sua gestão. Ele teria beneficiado vários aliados com dinheiro público a partir de um decreto que exigia que todos os órgãos públicos contratassem seguros da Nación Seguros, empresa do banco estatal Banco Nación.
Com as acusações anunciadas no último dia 11, o peronista passa a integrar a lista de “amigos” esquerdistas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que podem ser – ou já foram – condenados por corrupção e outros crimes.
Relembre outros casos
Também recentemente, outra aliada de longa data do petista na Argentina, a ex-presidente Cristina Kirchner, teve um recurso negado pela Suprema Corte e começou a cumprir uma sentença de seis anos por corrupção na concessão de obras rodoviárias na província de Santa Cruz durante seu governo e o de seu antecessor na presidência e falecido marido, Néstor Kirchner.
No início deste mês, Lula chegou a visitar Kirchner, que cumpre prisão domiciliar em seu apartamento em Buenos Aires. Na ocasião, o presidente brasileiro afirmou à Agência Brasil que tem uma amizade de muitos anos com Cristina “que vai muito além da relação institucional. Um carinho e afeto de amigos, companheiros de campo político e de ideais de justiça social e combate às desigualdades”.
Em outro caso recente, de abril, o petista intrometeu diretamente o Brasil em uma ação criminal no Peru, também por corrupção. Na ocasião, o presidente usou a embaixada brasileira no Peru e a Força Aérea Brasileira para ajudar a ex-primeira-dama peruana Nadine Heredia a fugir de seu país após uma condenação de 15 anos de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro.
Seu marido, o ex-presidente esquerdista Ollanta Humala (2011-2016), também foi condenado na Lava Jato peruana, na mesma ação.
Outra figura autoritária amiga de Lula, mas de quem se distanciou desde as últimas eleições denunciadas por fraude, é o ditador Nicolás Maduro, da Venezuela. O chavista foi condenado em 2018 pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela no exílio a 18 anos e três meses de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro pelo caso relacionado à construtora brasileira Odebrecht.
O chavista e o petista, que costumavam se apoiar regionalmente no passado, agora enfrentam tensões políticas justamente por conta da corrupção e abuso político da ditadura venezuelana.
Apesar das críticas recentes de Lula ao regime de Maduro, as relações comerciais e econômicas entre Brasil e Venezuela se mantêm firmes.
Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mostram que nos últimos quatro anos as exportações para o país vizinho superaram US$ 1 bilhão anuais. Em 2024, atingiram US$ 1,2 bilhão, um aumento de 3,8% em relação a 2022.
Nesta semana, o regime de Nicolás Maduro pegou o governo brasileiro de surpresa com a cobrança de tarifas sobre importações do país que podem variar de 15% a 77%. A medida, que até o momento não foi esclarecida como um erro burocrático ou proposital por parte da ditadura vizinha, pode render novos atritos entre os dois líderes esquerdistas.
Outra tática corrupta de Maduro para manter sua ditadura é posicionar figuras-chave em cargos de alto escalão, incluindo muitos familiares.
O esquerdista colombiano Gustavo Petro também enfrentou uma turbulência política nos primeiros anos de sua administração. Antes de completar um ano de governo, a gestão já enfrentava diversos escândalos e acusações de corrupção.
Em 2023, explodiu um grande escândalo envolvendo funcionários próximos ao presidente, como a ex-chefe de gabinete Laura Sarabia e Armando Benedetti, ex-embaixador na Venezuela.
A imprensa colombiana revelou à época o roubo de grandes quantias de dinheiro que teriam origem ilegal e teriam patrocinado a campanha de Petro. Uma fonte anônima contou à revista Semana que o dinheiro roubado na casa da ex-chefe de gabinete pertenceria diretamente a Petro e totalizava 3 bilhões de pesos colombianos (cerca de US$ 718 mil).
Uma nova crise foi iniciada neste ano que provocou renúncias em massa do gabinete presidencial após Petro, acusado de corrupção, ser nomeado pelo próprio presidente como chefe do Gabinete Presidencial.
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