Cartões corporativos da Câmara somam R$ 9 milhões desde 2013

Últimas atualizações em 27/07/2025 – 18:28 Por Gazeta do Povo | Feed


Os pagamentos com cartões corporativos da Câmara desde 2013 somam R$ 9 milhões, em valores atualizados. Esses cartões foram criados para pagar despesas urgentes, excepcionais e de baixo valor. Mas alguns pagamentos superam os R$ 60 mil, em compras sem licitação. Há ainda os suprimentos com caráter reservado, como gastos com a residência oficial e segurança; esses não são publicados e continuam sob sigilo total.

Em abril de 2021, os gastos com cartões somaram R$ 164 mil. Em setembro de 2018, R$ 172 mil; em setembro de 2020, R$ 210 mil. Em junho de 2018, houve um pagamento pelo PayPal (pagamento on-line para transação internacional) no valor de R$ 37,4 mil. Não há informações sobre quem recebeu o dinheiro e por que foi usado esse tipo de pagamento sem informação do favorecido. Em setembro de 2018, houve mais um pagamento de R$ 59 mil pelo PayPal. Questionada pela coluna, a Câmara afirmou que os pagamentos foram destinados à capacitação de servidores na Universidade Harvard.

Em 2020 e 2021, foram pagos com cartões corporativos cerca de R$ 1 milhão para empresas farmacêuticas e hospitais. A Câmara afirmou à coluna que foram comprados testes rápidos para diagnóstico da Covid-19 (mais esclarecimentos no pé da matéria).

Além dos pagamentos de valor elevado, há muitas compras em supermercados e padarias

A gastança em detalhes

Os dados foram obtidos pela coluna no Portal da Transparência da Câmara e atualizados mês a mês pela inflação do período. Em setembro de 2018, os pagamentos com cartões somaram R$ 173 mil. Em junho de 2020, as despesas com cartões chegaram a R$ 308 mil. A operadora do cartão fez pagamentos no valor total de R$ 178 mil. Fez depósitos de R$ 60 mil e de R$ 39 mil à Methabio Farmacêutica – sem atualização.

Em setembro de 2020, as despesas alcançaram mais R$ 211 mil. A operadora pagou mais R$ 36 mil à PMH Produtos Médicos. Em janeiro de 2021, os pagamentos com cartões chegaram a R$ 128 mil (atualizados). A operadora fez pagamentos de R$ 65 mil, sendo R$ 42 mil para a PMH. Há pagamentos para várias empresas farmacêuticas e hospitais.

Mesa farta

Além dos pagamentos de valor elevado, há muitas compras em supermercados e padarias. Em 25 de novembro do ano passado, foram feitas compras no supermercado Big Box no valor de R$ 4,7 mil; no Atacadão Dia a Dia, no valor de R$ 6,7 mil. Em novembro de 2017, houve compra de R$ 1,9 mil no Super Adega, e de R$ 598 na Casa de Doces e Queijos.

Em 5 de outubro, mais R$ 733 em compras na Casa de Doces e Queijos. Em 28 de setembro, compras de R$ 505 na Panificadora Delícias do Lago. Em 27 de setembro, compras de R$ 999 mil na Agricarne Brasília, e R$ 2,8 mil na Super Adega.

Câmara justifica despesas

Sobre os pagamentos pelo PayPal, a Câmara informou que os pagamentos foram feitos à Universidade Harvard, em curso promovido pela empresa CMI Interser (MIFF LLC), sendo identificado no campo Descrição. “Destacamos que o Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas/CNPJ é realizado apenas para empresas nacionais. O uso do PayPal via CPGF foi necessário por ser o único meio de pagamento disponível para a transação internacional. Esclarecemos que os dados solicitados não estão sob sigilo. Eles podem ser acessados por quaisquer interessados, incluindo a identificação das empresas beneficiadas pelo pagamento”.

Sobre os gastos hospitalares, a Câmara afirmou que foram realizados durante o período da pandemia e foram destinados à aquisição de testes rápidos para diagnóstico da Covid-19. “Essas despesas se enquadraram como medidas emergenciais necessárias para o enfrentamento da crise sanitária, visando garantir a segurança e o monitoramento da saúde no ambiente institucional da Câmara dos Deputados”.

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