Últimas atualizações em 26/07/2025 – 08:31 Por Redação GNI

O deputado federal Hélio Lopes do PL do Rio de Janeiro, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou na madrugada deste sábado, por ordem do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal, o acampamento que havia iniciado horas antes na Praça dos Três Poderes.

Ainda na tarde de sexta-feira, Lopes levou uma barraca para a praça e anunciou que permaneceria ali em greve de silêncio em protesto contra as medidas do tribunal.

Bolsonaro e ex-assessores são réus no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado. Na semana anterior, Moraes determinou que o ex-presidente usasse uma tornozeleira eletrônica para evitar fuga do país durante o processo judicial.

O protesto de Lopes na praça atraiu alguns aliados, como o também deputado Coronel Chrisóstomo do PL de Rondônia.

Um grupo se formou e chamou a atenção da polícia. O entorno da praça foi cercado por grades e houve reforço na segurança, com efetivo da Força Nacional, da Polícia Militar do Distrito Federal e de equipes do DF Legal.

Na passagem da noite de sexta para a madrugada de sábado, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, foi pessoalmente à praça para notificar os manifestantes. Ele afirmou que havia sido intimado por Moraes a cumprir uma ordem de desocupação, expedida no âmbito do inquérito das fake news.

Em 2023, Ibaneis permaneceu afastado do governo por noventa dias, por ordem de Moraes, que entendeu que o governador foi omisso nos ataques contra a democracia ocorridos em oito de janeiro daquele ano.

Neste sábado, acompanhado do secretário de Segurança Pública, Sandro Avelar, Ibaneis conversou com os deputados e seus advogados. Após a leitura da decisão judicial, os parlamentares decidiram sair pacificamente.

Em vídeo gravado no local, Chrisóstomo afirmou:
“Recebemos uma intimação, o governador do Distrito Federal veio pessoalmente notificar, com ordem do ministro, vocês já sabem qual, para que deixássemos o local. Estamos aqui com o Hélio Negão também. Vamos tratar com nosso desembargador e advogado. Nós somos obedientes, mas vamos seguir orientação jurídica.”

Mica Noronha