Mourão diz que se fosse vice, Bolsonaro teria sido reeleito
Últimas atualizações em 25/07/2025 – 08:56 Por Gazeta do Povo | Feed
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), vice-presidente da República entre 2019 e 2022, afirmou que, se tivesse sido mantido como candidato a vice na chapa de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022, o ex-presidente teria sido reeleito.
Segundo Mourão, caso isso tivesse acontecido, nem Bolsonaro nem o general Walter Braga Netto estariam enfrentando processos judiciais por suposta tentativa de golpe, e “nada teria acontecido” com todos “felizes”.
O general da reserva Walter Braga Netto, réu no processo que investiga uma tentativa de golpe, está detido há mais de sete meses em uma unidade militar no Rio de Janeiro. Mourão destacou que Braga Netto possui uma carreira militar “extraordinária” e relações familiares de amizade com sua própria família. Mourão foi um dos senadores que, em abril, visitou Braga Netto no quartel-general da 1ª Divisão do Exército, onde o general está detido.
Durante o mandato, Mourão foi um caso isolado entre os generais da cúpula do governo Bolsonaro por não ter sido envolvido juridicamente nas conspirações de fim de mandato. Ele foi arrolado como testemunha no processo que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF), onde réus como Bolsonaro, Braga Netto, Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira são acusados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) de liderar uma organização criminosa para impedir a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Relação de Mourão e Bolsonaro foi marcada por conflitos e guerra fria
Em depoimento ao STF em maio, Mourão afirmou ter participado de reuniões com os réus durante a transição, mas disse não ter ouvido menção a planos de ruptura institucional ou contestação dos resultados eleitorais. Ele também manifestou admiração por autoridades como o general Augusto Heleno, que classificou como “ícone da nossa geração”.
A relação entre Mourão e Bolsonaro foi marcada por conflitos, com o ex-presidente demonstrando insatisfação ao compará-lo a um “cunhado” incômodo. Mourão admitiu ter vivido uma “guerra fria” com Bolsonaro, lamentando a falta de um diálogo mais profundo para evitar atritos.
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