Eduardo se diz censurado por restrições a Bolsonaro e que o pai pode ser preso

Últimas atualizações em 25/07/2025 – 06:37 Por Gazeta do Povo | Feed

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quinta (24) que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tenta censurá-lo através das restrições impostas ao pai, Jair Bolsonaro (PL). O ex-presidente está proibido de ter declarações postadas em redes sociais de terceiros, o que pode se configurar como um cerceamento da liberdade de expressão.

Um pouco mais cedo, Moraes negou transformar as medidas cautelares contra Bolsonaro em prisão preventiva, principalmente após Eduardo compartilhar em sua própria rede social um protesto que o pai fez na última segunda (21) na Câmara dos Deputados, em que criticou as restrições e se deixou filmar com a tornozeleira eletrônica.

“Moraes diz que meu pai pode dar entrevistas, desde que não sejam ‘instrumentalizadas’ por mim. Ou seja, ele está dizendo que se eu falar sobre a entrevista que meu pai der ele irá prendê-lo, por atos que eu pratiquei”, disparou o parlamentar.

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O ex-presidente é alvo de uma série de medidas cautelares por supostamente estar em conluio com Eduardo para tentar coagir o Judiciário brasileiro no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado. Eles estariam articulando as sanções aplicadas pelos Estados Unidos ao Brasil, como o tarifaço de 50% e a suspensão de vistos americanos de ministros da Corte.

Entre as medidas cautelares, Moraes impôs a “proibição de utilização de redes sociais, diretamente ou por intermédio de terceiros”, o que foi interpretado como uma restrição a conceder entrevistas e violando o direito à liberdade de expressão. Isso, porque, o compartilhamento de trechos por plataformas de terceiros poderia ser encarado como descumprimento da decisão.

“É a tentativa tosca e desesperada de me censurar usando meu pai como refém. E como qualquer bandido na esquina, ameaça meu pai para tentar me calar”, pontuou.

Na decisão desta quinta (24), Moraes citou que a postagem de Eduardo foi um claro descumprimento da medida cautelar a Bolsonaro, mas que iria relevar por ter sido um ato isolado. Ele, no entanto, frisou que vê em uma eventual divulgação de declarações do ex-presidente o risco de ““ilícita instrumentalização das entrevistas” para “continuar a induzir e instigar chefe de Estado estrangeiro a tomar medidas para interferir ilicitamente no regular curso do processo judicial”.

“Você é um tirano covarde, Alexandre. Um covarde acabado, só não se deu conta ainda”, afirmou Eduardo ao ministro do STF.

O parlamentar ainda comparou a decisão de Moraes a ameaças a dissidentes políticos que supostamente ocorrem em Cuba, China e Coreia do Norte, “tentando intimidá-los e calá-los”.

A oposição ao governo e ao próprio Alexandre de Moraes também saiu na ofensiva, afirmando que o ministro age como um “tirano disfarçado de juiz”, segundo afirmou o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ).

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