Anistia em Debate
Últimas atualizações em 17/07/2025 – 12:01 Por Gazeta do Povo | Feed
A pauta da anistia para os envolvidos nas manifestações do 8 de janeiro, uma das prioridades do Partido Liberal (PL), deve continuar como ponto central dos debates no Congresso Nacional, no segundo semestre.
O deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), em entrevista para o Café com a Gazeta do Povo, detalhou os bastidores desse cenário, sugerindo que o desenrolar das pressões externas feitas pelo governo de Donald Trump pode ser o catalisador para uma votação favorável a uma anistia “total, geral e irrestrita” no segundo semestre.
O caminho para a anistia, lembrou o líder do PL na Câmara, começou logo após a eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB) para a presidência da Câmara. Inicialmente, o ambiente parecia favorável, mas, segundo Cavalcante, Motta “recebeu pressões externas” e recuou da coleta de assinaturas dos líderes partidários.
Mesmo com o próprio Sóstenes conquistando 264 assinaturas individuais, a estratégia foi alterada novamente, exigindo o aval dos líderes, que, sob novas pressões, pediram para a matéria não ser votada.
Expectativa era votar anistia antes do recesso
Recentemente, a expectativa de votação antes do recesso parlamentar, na última quarta-feira, foi frustrada, contou o deputado, pela recusa do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), em aceitar um acordo para votação conjunta. A situação se tornou ainda mais complexa com o anúncio de sanções americanas de 50%, na semana passada, que, nas palavras de Cavalcante, “mudou todo o cenário”.
Apesar do recesso, o deputado do PL mantém a esperança. Embora o clima político atual esteja “difícil” devido às sanções, Sóstenes acredita que essa mesma pressão externa pode, paradoxalmente, “fortalecer” o movimento por uma anistia completa.
A oposição não teve acesso a um texto alternativo que garantiria a soltura dos envolvidos, mas não seria uma anistia plena. Sóstenes expressou a expectativa de novas sanções, especialmente direcionadas a ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que, em sua visão, são os maiores opositores da anistia.
Obstrução seguirá enquanto anistia não for pautada
“Se vier mais conseguimos ter o clima político necessários”, afirmou o deputado, sugerindo que tais medidas externas criariam o ambiente ideal para a aprovação do projeto desejado.
O PL, afirmou, manterá a obstrução das pautas na Câmara e no Senado até que a anistia seja votada. Com o retorno do recesso, previsto para 4 de agosto, a anistia será a “pauta única” do partido, e a expectativa é que o “texto dos sonhos” seja finalmente aprovado.
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