Bolsonaro articula sanções nos EUA por medo de condenação

Últimas atualizações em 16/07/2025 – 06:52 Por Gazeta do Povo | Feed

A ministra Gleisi Hoffmann, das Relações Institucionais, afirmou nesta terça (15) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem “medo da condenação” pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Ele é o principal alvo das alegações finais da Procuradoria-Geral da República (PGR), entregues à Corte na segunda (14).

A PGR afirma que Bolsonaro era o líder do suposto plano e pediu a condenação a mais de 40 anos de reclusão. Para a ministra, este seria o principal motivo para ele – através do filho, o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) – estar articulando sanções contra o Brasil, como a taxação de 50% sobre os produtos importados do país.

“É o medo da condenação por seus crimes que explica a conspiração contra o Brasil que ele comanda hoje, articulando sanções do governo dos EUA para coagir o STF, à custa da economia e dos empregos em nosso país”, disse a ministra em uma rede social.

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Gleisi Hoffmann afirma que é “praticamente inevitável” a condenação por supostos crimes contra a democracia e o Estado Democrático de Direito, conforme a PGR indicou no parecer.

Bolsonaro responde pelos cinco crimes de tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, participação em organização criminosa, dano qualificado ao patrimônio público e deterioração de patrimônio tombado.

“Com base em provas, farta documentação produzida pelos próprios golpistas, testemunhos e perícias, as alegações finais desmontam as falácias da defesa e apontam diretamente para o comandante do golpe”, pontuou a ministra.

Ainda segundo Gleisi Hoffmann, o andamento da ação penal contra Bolsonaro no STF é uma “demonstração de que o Brasil repudia golpes contra o regime democrático, que tanto custou construir”.

Bolsonaro diz ser alvo de perseguição

Em uma postagem nas redes sociais, Bolsonaro afirmou que não está sendo apenas alvo de uma tentativa de afastamento político, mas de uma operação sistemática que, segundo ele, busca sua “eliminação física” e a destruição das liberdades do cidadão comum.

“O sistema nunca quis apenas me tirar do caminho. A verdade é mais dura: querem me destruir por completo – eliminar fisicamente, como já tentaram – para que possam, enfim, alcançar você. O cidadão comum. A sua liberdade. A sua fé. A sua família”, escreveu o ex-presidente nesta segunda (14).

Bolsonaro usou o espaço para se posicionar como principal barreira entre o que chamou de “um sistema podre” e a população brasileira. “Desde o início sou o principal obstáculo entre eles e o que realmente desejam: o controle absoluto sobre a sua vida. Por isso, mentem, censuram, prendem, distorcem, caluniam, perseguem, agridem – sempre com a mesma narrativa: ‘pela democracia’”, afirmou.

No texto, o ex-presidente também comparou a situação brasileira com a de países vizinhos governados por aliados da esquerda e se disse disposto a continuar lutando “pela maioria esmagadora dos brasileiros que não se curvaram”.

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