Carla Zambelli avalia candidatura em eleições italianas
Últimas atualizações em 14/07/2025 – 16:27 Por Gazeta do Povo | Feed
A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) pode se filiar a um partido político na Itália para disputar as eleições legislativas no país. Ela está lá desde meados do mês passado quando anunciou que deixou o Brasil pouco depois de ser condenada a 10 anos de prisão por uma suposta invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Carla Zambelli tem cidadania italiana e pode se candidatar a um cargo eletivo no país se não conseguir reverter a condenação no Brasil.
“A prioridade da deputada é provar a inocência e retornar ao Brasil para continuar com a atuação legislativa. É o que ela quer. Se isso não for possível, ela pretende ingressar em uma legenda na Itália para concorrer nas eleições italianas e prosseguir com o trabalho político”, disse o advogado Fabio Pagnozzi ao site Metrópoles nesta segunda (14).
A Gazeta do Povo tenta contato com a assessora da deputada e com o advogado e aguarda retorno.
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Na semana passada, Pagnozzi cobrou a Interpol para prestar mais informações sobre a inclusão do nome de Carla Zambelli na chamada “difusão vermelha” da autoridade, que é a lista de procurados internacionalmente. O registro foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após a parlamentar anunciar que havia viajado para os Estados Unidos e que, posteriormente, iria para a Itália.
Além dos 10 anos de prisão, Carla Zambelli foi sentenciada a uma multa de R$ 2 milhões por danos materiais e morais, a perda do mandato e inelegibilidade por 8 anos. No entanto, a cassação ainda precisa ser avaliada pela Câmara dos Deputados após o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso.
A condenação teve como base a participação de Zambelli no esquema que resultou na invasão do sistema do CNJ, com a ajuda do hacker Walter Delgatti Neto. Ele foi condenado a 8 anos e 3 meses de prisão, também em regime fechado, e deverá pagar a multa solidariamente com a parlamentar. O relator classificou as ações como graves ameaças à segurança institucional.
Em sua defesa, Zambelli afirmou ser alvo de perseguição. “Sou vítima de uma perseguição política que atenta não apenas contra minha honra pessoal, mas também contra os princípios mais elementares do Estado de Direito”, declarou a deputada.
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