Eduardo defende tarifaço de Trump como resposta a Moraes

Últimas atualizações em 09/07/2025 – 23:34 Por Gazeta do Povo | Feed


O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) defendeu nesta quarta-feira (9) a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de aumentar em 50% a taxação de produtos brasileiros. O parlamentar, que se mudou para os EUA em março, articula possíveis contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

O filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) disse que Trump deu “todos os avisos” ao Brasil, mas “entendeu” que para punir Moraes era preciso atingir o “establishment político, empresarial e institucional que compactua com sua escalada autoritária”.

“A decisão do presidente Trump é clara: o relacionamento comercial, diplomático e institucional com o Brasil deixou de ser equilibrado e benéfico aos EUA. E precisa ser reavaliado à luz dos abusos cometidos por seus dirigentes”, disse o parlamentar, em nota. O comunicado foi assinado com o jornalista Paulo Figueiredo, que também é alvo da Corte.

Após o anúncio do aumento a tributação, Eduardo pediu aos brasileiros que agradeçam a Trump. “Povo Brasileiro, vamos fazer o mundo ouvir a nossa voz. Coloque o seu agradecimento ao Presidente Donald Trump abaixo e vamos rumo à lei Magnistky”, afirmou em referência a lei que pode ser usada contra o magistrado.

Moraes é o relator da ação penal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado, na qual o ex-presidente é réu. Figueiredo é um dos denunciados no caso. Além disso, o ministro abriu um inquérito contra Eduardo, em maio, para investigar sua atuação nos Estados Unidos contra autoridades brasileiras.

“Desde o início da nossa atuação internacional, buscamos evitar o pior, priorizando que sanções fossem aplicadas de forma individualizada, com foco no principal responsável pelos abusos: Alexandre de Moraes. Sanções que muito possivelmente ainda serão adicionalmente implementadas, sem prejuízo da sua expansão também contra os seus apoiadores diretos”, disse Eduardo.

Ao anunciar o aumento das tarifas, Trump destacou que a postura do STF contra Bolsonaro também impactou a elevação da tarifa. Lula rebateu o líder americano e garantiu que o Brasil aplicará a lei de reciprocidade comercial.

Para o deputado, Moraes e o STF “avançaram sobre o líder maior da oposição, o ex-presidente Jair Bolsonaro, negando-lhe garantias mínimas de legalidade, defesa e presunção de inocência na forma da farsa”. Ele afirmou que, em retaliação a restrições de vistos dos EUA, o STF teria revogado parcialmente o Marco Civil da Internet, uma medida que “inviabiliza o funcionamento regular das redes sociais americanas no Brasil” e constitui um “ataque direto à liberdade de expressão”.

Eduardo também criticou o governo Lula pelo que classificou como uma sequência de “desastres diplomáticos antiamericanos”, aproximações com regimes autoritários como China e Irã, e pela expansão dos BRICS, ignorando os alertas da administração Trump.

“Por isso, a partir de 1º de agosto, empresas brasileiras que desejarem acessar o maior mercado consumidor do planeta estarão sujeitas ao que se pode chamar de ‘Tarifa-Moraes’”, acrescentou. Eduardo fez um apelo às autoridades brasileiras para evitarem a escalada do conflito. Ele apontou que o primeiro passo para a resolução é a aprovação pelo Congresso Nacional de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.

“Apelamos para que as autoridades brasileiras evitem escalar o conflito e adotem uma saída institucional que restaure as liberdades. Cabe ao Congresso liderar esse processo, começando com uma anistia ampla, geral e irrestrita, seguida de uma nova legislação que garanta a liberdade de expressão — especialmente online — e a responsabilização dos agentes públicos que abusaram do poder”, diz o comunicado.

Eduardo alertou que a situação “tende a se agravar, especialmente para certos
indivíduos e seus sustentadores” e, segundo ele, “restam três semanas para evitar um desastre” e colocar “fim a essa aventura autoritária”.

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