Aliados de Bolsonaro rebatem Lula e exaltam apoio de Trump

Últimas atualizações em 08/07/2025 – 04:14 Por Gazeta do Povo | Feed


Parlamentares da oposição e aliados de Jair Bolsonaro (PL) endossaram nesta segunda-feira (7) a defesa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao ex-mandatário brasileiro. Deputados e senadores também classificaram a reação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como um “vexame diplomático”.

Mais cedo, o republicano afirmou que Bolsonaro é alvo de “perseguição” e destacou que ele deveria ser julgado apenas “pelos eleitores do Brasil”. O petista rebateu Trump e disse que o país não aceitará a “interferência ou tutela de quem quer que seja”.

Cotado para substituir Bolsonaro na disputa pela presidência em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), reforçou o posicionamento do líder americano, afirmando que o ex-presidente “deve ser julgado somente pelo povo brasileiro”.

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O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) lembrou que Lula defendeu a libertação da ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner e concedeu asilo à ex-primeira-dama do Peru Nadine Heredia, ambas condenadas por corrupção em seus países.

“Lula foi à Argentina defender Cristina Kirchner, deu asilo político para Nadine Heredia, pediu apoio da China para discutir a censura das redes sociais e quando foi preso recorreu a organizações internacionais. Não tem moral alguma para falar em interferências”, afirmou Nikolas, citando também que o presidente pediu ao ditador chinês, Xi Jinping, que enviasse uma pessoa “de confiança” ao Brasil para discutir a regulação das redes sociais.

O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que foi morar nos Estados Unidos por considerar que é alvo de perseguição no Brasil, comemorou a manifestação de Trump. Eduardo é alvo de um inquérito aberto a pedido do procurador-geral Paulo Gonet.

Segundo o PGR, há indícios de que o parlamentar estaria atuando para interferir no andamento de processos judiciais relacionados ao pai ao defender restrições do governo americano a autoridades brasileiras, como o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

“Muita gente me telefonando, mas não podemos passar mais detalhes sobre isso. O que posso dizer é que esta não será a única novidade vinda dos EUA neste próximo tempo […] Como venho dizendo: atingir Moraes é abalar Lula”, disse o filho de Bolsonaro.

Em nota, membros da oposição afirmaram que “Lula perdeu mais uma oportunidade de se comportar como chefe de Estado e não como militante ideológico, agravando o isolamento internacional do Brasil ao transformar o país em palco de disputas partidárias ultrapassadas”.

O líder da oposição na Câmara, deputado Zucco (PL-RS) afirmou que o ex-chefe do Executivo enfrenta “um projeto deliberado de eliminação política”. Bolsonaro é réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por suposta tentativa de golpe de Estado em 2022, quando perdeu as eleições para Lula.

“Aqueles que outrora denunciavam a prática de abusos judiciais contra seus próprios líderes hoje aplaudem a instrumentalização do Judiciário para remover adversários da disputa eleitoral”, disse Zucco em referência ao processo que levou à prisão do atual presidente em 2018 no âmbito da Operação Lava Jato.

O deputado Sanderson (PL-RS) considera que o petista “age como um militante rancoroso, não como presidente da República”, e sua reação representa “uma afronta à diplomacia, à soberania americana e à convivência entre nações”.

Para o deputado Rodrigo Valadares (União-SE) Lula tenta “posar de defensor da democracia enquanto ataca líderes eleitos como Trump e se cala diante de regimes autoritários como o de [Nicolás] Maduro”, na Venezuela.

Na mesma linha, o deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS) disse que o “presidente americano foi eleito democraticamente e representa um projeto vitorioso”; já Lula “criminaliza a oposição e gasta bilhões em propaganda”.

“O Presidente Donald Trump conhece o presidente Bolsonaro e não se omite quando precisa defendê-lo”, disse a senadora Damares Alves (Republicanos-DF). O deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM) apontou que em vez de “buscar boas relações com o novo presidente dos Estados Unidos, Lula prefere polemizar, fazendo birra ideológica”.

“Isso prejudica nossa imagem e nos isola do mundo. Enquanto Trump assume com apoio popular e discurso firme, Lula se afunda em escândalos e ataques autoritários contra a oposição. É hora de o Brasil voltar a ter responsabilidade nas relações internacionais”, disse o deputado Coronel Tadeu (PL-SP).

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