Ministra sai em defesa de Lula após críticas da The Economist: “excepcional”
Últimas atualizações em 01/07/2025 – 14:12 Por Gazeta do Povo | Feed
A ministra Esther Dweck, da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI), engrossou o coro junto ao Itamaraty e saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta terça (1º) em resposta à crítica feita pela revista britânica The Economist no último final de semana.
Além de Dweck, o Ministério das Relações Exteriores também criticou as afirmações da publicação, de que Lula estaria isolando o Brasil do mundo, com perda de relevância internacional e desaprovação interna no país.
“Acompanho o Lula em várias ações internacionais. A deferência que os primeiros-ministros e presidentes do mundo inteiro têm em relação a ele é uma coisa excepcional. Quem já acompanhou ele em qualquer reunião bilateral sabe disso”, disse a ministra em um evento do BNDES.
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Esther Dweck estendeu a defesa ao presidente afirmando que Lula “tem liderado” o que seria um “papel relevante na coordenação das nações”, principalmente em relação ao Brics, visto por ela como um incômodo aos países desenvolvidos – e que seria o motivo das críticas feitas pela The Economist.
De acordo com a ministra, o tom crítico da publicação seria um “reforço que o presidente sempre deu para que o Sul Global tenha maior protagonismo”.
“No fundo, é parte dessa discussão da questão geopolítica no mundo e da relevância cada vez maior dos países, principalmente do Brics original, que têm assumido um protagonismo muito grande no mundo”, completou.
Um pouco mais cedo, o Itamaraty enviou uma carta à The Economist respondendo às críticas, afirmando que Lula tem um respeito moral “indiscutível” de “todo o mundo”, como políticos, líderes empresariais, acadêmicos e “defensores dos direitos humanos”.
O artigo sugere que Lula estaria trabalhando neste terceiro mandato para afastar o Brasil das democracias ocidentais e dos Estados Unidos ao se alinhar a países como a China, o Irã e a Rússia.
Também apontou que ele foi incapaz de unificar a América Latina, como pretendia no início deste terceiro mandato, de mediar o conflito entre a Rússia e a Ucrânia, de se posicionar em relação à crise no Haiti, entre outros temas.
O governo rebateu muitos dos argumentos citados pela revista e afirmou que o Brasil não tem inimigos no mundo e sempre busca a diplomacia para resolver conflitos, como a tentativa de uma mediação entre Ucrânia e Rússia — em parceria com a China.
Por outro lado, a carta não citou a queda da popularidade do presidente internamente, em que a desaprovação vem superando a aprovação sucessivamente nas pesquisas de opinião publicadas desde o final do ano passado.
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