Final explicado do filme ‘A Mulher no Jardim’
Terror e suspense psicológico que divide opiniões.
Últimas atualizações em 01/07/2025 – 10:29 Por Redação GNI
A Narrativa
Da Blumhouse, a marca mais bem-sucedida de filmes de terror, chega um suspense original estrelando Danielle Deadwyler como Ramona, uma mulher abalada pela dor após sobreviver a um acidente de carro que mata seu marido (Hornsby).
Gravemente ferida, Ramona agora precisa cuidar de seu filho, de 14 anos, e sua filha, de 6, sozinha em uma chácara.
Até que, um dia, uma mulher aparece misteriosamente em seu jardim e eventos sobrenaturais começam a acontecer.
Explicação do Final
O final de “A Mulher no Jardim” é aberto e psicologicamente complexo. O filme revela que a mulher no jardim é um reflexo culposo da própria mãe, pois ela não consegue superar o acidente, o fato de ter perdido o marido e ter escapado com apenas alguns ferimentos.
O Núcleo Psicológico
A protagonista Ramona (Danielle Deadwyler) sofre de culpa do sobrevivente após um acidente de carro que matou seu marido. Com uma perna imóvel pelos ferimentos graves, ela agora deve cuidar sozinha de seu filho de 14 anos e da filha de 6 anos. A misteriosa mulher vestida de preto que aparece no jardim representa suas próprias questões psicológicas não resolvidas.
A Ambiguidade Final
Na cena final, em que tudo parece estranhamente voltar ao normal, o filme propõe questionamentos ambíguos que abrem espaço para múltiplas reflexões e interpretações. O filme deixa duas possibilidades:
- Superação: Ramona finalmente conseguiu superar sua luta contra o luto e a culpa
- Delírio: Ela está vivendo uma última visão idealizada de sua vida, entregue aos seus pensamentos devastadores
O Simbolismo da Pintura
A pintura final, assinada com um “R” invertido, reforça a sensação de que aquilo que vemos é um reflexo distorcido da realidade — ou talvez uma tentativa de aceitar as imperfeições da existência, encontrar força e beleza mesmo nos momentos mais sombrios.
O filme funciona como um terror psicológico que lida com a questão da perda trágica de um ente querido e elabora algumas possibilidades simbólicas sem enfatizá-las demasiadamente nem defender essa ou aquela causa, deixando a decisão para o espectador.
O final permanece propositalmente ambíguo, permitindo que cada espectador interprete se Ramona encontrou paz ou se continua presa em seu próprio tormento psicológico.