Brasileiro é condenado à prisão perpétua em Londres

Últimas atualizações em 29/06/2025 – 03:56 Por Gazeta do Povo | Feed


O brasileiro Marcus Arduini Monzo foi condenado nesta sexta-feira (27) à prisão perpétua em Londres por assassinar com uma espada samurai Daniel Anjorin, de 14 anos, e tentar matar outras três pessoas durante um ataque em 2024 que chocou o Reino Unido.

Ao proferir a sentença, o juiz do tribunal criminal de Old Bailey detalhou que o acusado deverá cumprir um mínimo de 40 anos na prisão antes da possibilidade de liberdade condicional, embora esses anos sejam reduzidos para 38 ao se descontar a prisão preventiva.

De acordo com o Conselho de Sentenciamento do país, uma pessoa condenada à prisão perpétua terá a pena de reclusão revista após o tempo mínimo determinado pelo juiz. Se a revisão decidir pela soltura, o réu permanecerá em liberdade condicional pelo resto da vida.

Durante o julgamento, foi revelado que Monzo, um ex-entregador de 37 anos, havia matado e esfolado seu gato antes de sair armado pelas ruas do bairro de Hainault, no nordeste da capital britânica, em 30 de abril de 2024.

Segundo detalhou a promotoria, ele atropelou com sua van um transeunte, Donato Iwule, e depois perseguiu e atacou Daniel pelas costas, causando-lhe ferimentos fatais no pescoço e no peito.

Depois, feriu gravemente uma policial, invadiu a casa de uma família colombiana que dormia com sua filha pequena e feriu um inspetor de polícia antes de ser dominado.

“Durante 20 minutos, membros do público foram atacados, policiais ficaram gravemente feridos, um casal foi aterrorizado em sua própria casa e um jovem talentoso foi assassinado”, afirmou o juiz ao proferir a sentença. “Você, Marcus, fez tudo isso”, acrescentou.

O magistrado destacou que Daniel era “um garoto inteligente, feliz e musicalmente dotado”, cuja morte “devastou” sua família.

Ele também afirmou que o comportamento de Monzo foi consequência do “consumo prolongado e intencional de maconha”, apesar de ele mesmo saber que isso lhe causava paranoia e ataques de pânico.

“Sua decisão de consumir maconha durante meses foi a causa dominante do seu estado naquele dia”, disse o juiz, que apontou que seu “bom caráter anterior” foi limitado como atenuante pelo uso reiterado de drogas ilícitas.

Durante o processo, soube-se que Monzo tinha acessado conteúdo misógino e extremista na internet e que, após sua prisão, comparou seu comportamento com o filme “Jogos Vorazes”, além de afirmar que tinha uma personalidade dupla de “assassino profissional”.

O tribunal o declarou culpado pelo assassinato de Daniel, por três tentativas de homicídio, um crime de lesão corporal dolosa, invasão de domicílio com violência e posse de armas brancas, entre elas a espada samurai.

Segundo informações da agência Reuters, Monzo disse que não se lembrava de ter realizado os ataques e seus advogados argumentaram que ele não deveria ser considerado culpado, pois sofria de psicose induzida por maconha.

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