Oposição aciona MPF contra Erika Hilton por maquiadores

Últimas atualizações em 24/06/2025 – 14:41 Por Gazeta do Povo | Feed

A liderança da oposição na Câmara protocolou nesta terça-feira (24) uma representação no Ministério Público Federal (MPF) contra a deputada federal Érika Hilton (PSOL-SP), para que ela seja investigada por improbidade administrativa.

Na petição, o líder Zucco (PL-RS) alega que “Érika Hilton nomeou e manteve em cargos públicos comissionados dois indivíduos que, em vez de cumprirem as funções parlamentares exigidas, atuavam principalmente como seus maquiadores pessoais”.

VEJA TAMBÉM:

  • Centrão deve ficar com o comando da CPMI do INSS; oposição teme esvaziamento

A contratação dos assessores – para maquiagem – veio à tona após uma reportagem do Metrópoles revelar o trabalho dos maquiadores particulares da deputada. No Portal da Transparência da Câmara dos Deputados, consta que um dos assessores contratados para maquiagem, desde de 6 de maio de 2024, recebe um salário de R$ 9.678,22 reais, enquanto que outro recebe R$ 2,1 mil.

Ao pedir a investigação contra a parlamentar, a oposição reforça o uso de recursos públicos para fins privados, citando postagens em redes sociais e eventos como prova de que os salários pagos eram para serviços de maquiagem e não para apoio legislativo.

“Constata-se que a conduta da deputada Erika Hilton, ao nomear e manter em seu gabinete dois indivíduos cuja atuação se limita, de forma reiterada e pública, à prestação de serviços pessoais de natureza estética e promocional, desvirtua por completo o sentido constitucional e legal dos cargos comissionados de secretário parlamentar”, diz trecho da petição.

Segundo a representação, tal conduta viola os “princípios constitucionais da administração pública, como a legalidade e a moralidade, além de configurar atos de improbidade administrativa conforme a legislação específica, requerendo a instauração de um processo investigatório e a responsabilização dos envolvidos”.

Como autor da representação, o deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP) destacou nas redes sociais que pediu a cassação e a responsabilidade da deputada por improbidade administrativa. “Lembra que a Erika Hilton mandou 1.5 milhão de reais de emenda pra ONG dela? Pois é… esses R$ 22.500,00 mensais pro “assessor cabeleireiro” é pouca coisa. Já pedi a cassação e a responsabilização por improbidade, mas no Brasil só a direita tem que explicar em 24 horas”, disse.

O deputado Kim Kataguiri (União-SP) também acionou o MPF contra Érika Hilton por considerar que as funções desempenhadas pelos dois assessores não tem relação com cargos de secretário parlamentar — que incluem apoio legislativo, elaboração de projetos de lei, agendamento de reuniões e comunicação institucional.

Erika Hilton contratou seus dois maquiadores pessoais como assessores em seu gabinete. É impressionante: mudam os personagens, mas a história se repete. O discurso é de defesa dos mais pobres, mas, na prática, não se pensa duas vezes antes de meter a mão no seu bolso para satisfazer os caprichos mais imbecis”, declarou Kataguiri no X.

Deputada nega contratação de maquiadores

Em nota, divulgada nas redes sociais, a deputada Erika Hilton negou a contratação de maquiadores com “verba de gabinete” e disse que “isso é uma invenção”.

“O que eu tenho são dois secretários parlamentares que, todos os dias, estão comigo e me assessoram em comissões e audiências, ajudam a fazer relatórios, preparam meus briefings, dialogam diretamente com a população e prestam um serviço incrível me acompanhando nas minhas agendas em São Paulo, em Brasília, nos interiores e no exterior”, explicou a deputada.

Erika anda ressaltou que está “tudo completamente comprovado por fotos, vídeos e pelo próprio trabalho cotidiano deles”. Ela também destacou que conheceu os dois assessores como maquiadores, mas disse que identificou outros talentos e por isso os chamou para trabalhar em seu gabinete. “Quando podem, fazem minha maquiagem e eu os credito por isso. Mas se não fizessem, continuariam sendo meus secretários parlamentares”, acrescentou

Para a deputada, “a velocidade com que espalharam essa mentira é desumana” e atribuiu os fatos a uma “perseguição” e a uma “revanche”, especialmente por ela ser autora da PEC pelo fim da escala 6×1

“Um tweet, que virou uma matéria de título tendencioso, que virou trending topic, que virou uma onda de tweets e postagens da parlamentares da extrema-direita e daquelas figurinhas de sempre. Isso não são sintomas de uma reação por uma contratação vista como suspeita num gabinete. Isso temos dia sim, dia não, na política. E nunca acontece dessa forma. Isso são sintomas de uma perseguição, de uma tentativa de desmonte generalizado de tudo que alguém faz e já fez”, criticou Érika.

Gazeta do Povo
Sob a licença da Creative Commons (CC) Feed


Descubra mais sobre Grupo de Notícias Internacionais

Assine para receber nossas notícias mais recentes por e-mail.

Gazeta do Povo | Feed

A Gazeta do Povo é um jornal sediado em Curitiba, Paraná, e é considerado o maior e mais antigo jornal do estado. Apesar de ter cessado a publicação diária em formato impresso em 2017, o jornal mantém suas notícias diárias online e semanalmente em formato impresso. O jornal é publicado pela Editora Gazeta do Povo S.A., pertencente ao Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM).

error: CONTEÚDO PROTEGIDO

Descubra mais sobre Grupo de Notícias Internacionais

Assine agora mesmo para continuar lendo e ter acesso ao arquivo completo.

Continue reading


AJWS   ThemeGrill   Wordpress   Cloudflare   Wordfence   Wordfence